Prefeito de Ciudad del Este, no Paraguai, é suspeito de ter superfaturado contratação de um DJ para festival

O valor pago ultrapassaria 700 milhões de guaranis, o equivalente a R$ 500.000,00

Prestação de contas dos gastos da EcoFest. Foto: Prefeitura de CDE

O empresário Iván Airaldi, integrante da Câmara de Comércio do Alto Paraná, denunciou o prefeito de Ciudad del Este, Miguel Prieto, pelo suposto superfaturamento na contratação de um DJ, conforme informou o diário hoy.com.py.

De acordo com o site, a suspeita é de um esquema no município onde são criadas comissões de cultura e uma boa quantia de dinheiro seria desviada.

Conforme as informações encaminhadas na segunda-feira (13) para a Secretaria Anticorrupção, do Governo Paraguaio, o show teria sido contratado por Gs. 1.081.200.000, pouco menos de R$ 800.000,00.

O DJ foi contratado para participar do festival EcoFestCDE, realizado no dia 5 de fevereiro, no estádio Antonio Aranda Encina (o estádio 3 de Febrero), em Ciudad del Este.

Comparação – Ainda de acordo com as informações repassadas pelo empresário, o artista cobra em média R$ 300.000,00, por um show, valor bem abaixo do capital que teria sido desembolsado pela Prefeitura de Ciudad del Este, para a contratação da atração.

O empresário pediu que a Unidade Anticorrupção do Ministério Público possa acompanhar a denúncia e apurar os detalhes da despesa paga pelo município, para que se verifique se foram cometidas irregularidades.

O que diz a Prefeitura – A diretora de Comunicação da Prefeitura de Ciudad del Este, Idalid Monzon, repassou um comunicado informando que a Comissão Central de Eventos e Obras Sociais de CDE, apresentou um detalhamento dos custos e dos lucros do evento.

De acordo com o documento, a Prefeitura investiu Gs. 2.000.000.000 (R$ 1.500.000,00, aproximadamente) no evento que contemplou também atividades de caráter religioso, cultural, artístico e esportivo, em comemoração ao 66º aniversário de Ciudad del Este.

O festival EcoFestCDE, segundo a informação repassada pela Prefeitura, foi uma iniciativa público-privada com o objetivo de posicionar a cidade no calendário dos festivais.

Ainda de acordo com Prefeitura, o Festival custou Gs. 1.997.810.310 incluindo a contratação de três grupos internacionais e cinco grupos artísticos nacionais, além do seguro do evento, banheiros químicos, pulseiras, toldos, produtora, palco, luzes, fogos de artifício, entre outros.

Sair da versão mobile