Veja a grande jogada de marketing do prefeito de Foz do Iguaçu, Chico Brasileiro, e seu estafe político.
Na busca de popularidade, o prefeito anunciou, “como reflexo da sua gestão financeira eficiente”, no dia 21, que antecipou os salários de dezembro dos servidores públicos municipais. A medida consumiu, antecipadamente, R$ 17,5 milhões dos cofres municipais.
Porém, coincidentemente, Chico não disse nada sobre o valor que a Aneel informou para o Banco do Brasil destinar a Foz nesse mesmo dia, 21, de royalties atrasados. Os valores foram recebidos ontem (26).
Sabem quanto, leitoras e leitores? O Tesouro Nacional repassou para os cofres da prefeitura R$ 21,3 milhões. Ou seja: dinheiro de sobra para antecipar os salários de dezembro.
Entenderam, agora, o que deve ser “reflexo de uma gestão financeira eficiente”? Esperto ele, não?
Voltando aos royalties, Foz recebeu este ano um total de R$ 76.580.733,70. Este foi o maior valor recebido em um ano, desde que a usina começou a pagar royalties para o município, em 1992. O recorde anterior era de 2016, com o repasse de R$ 64 milhões.
Essa variação se deve à maior produção de energia e, também, à oscilação da cotação do dólar em relação ao real, pois a moeda norte-americana é a base de cálculo dos royalties.
Como podemos ver, dinheiro não cai de árvores. No caso de Foz do Iguaçu, cai da Itaipu.