Prefeitura de Foz recebe pedido de tombamento do Colégio Bartolomeu Mitre -a estátua do durado está na fila

O Centro de Direitos Humanos e Memória Popular de Foz do Iguaçu (CDHMP) entregou, na manhã de ontem (19), o pedido de tombamento de bens culturais e históricos do Colégio Estadual Bartolomeu Mitre à Prefeitura de Foz do Iguaçu.

Agora, o pedido será encaminhado ao Conselho Municipal de Patrimônio Cultural, para que possa ser feito o inventário de proteção de acervo, tarefa fundamental para a política de preservação do patrimônio. 

A proposta é que o Bartolomeu Mitre seja reconhecido como Patrimônio Histórico Material e Imaterial, conforme determina o artigo 216 da Constituição Federal e a Lei Municipal 4.470 de agosto de 2016. Na prática, o projeto prevê um resgate de objetos, instrumentos, histórias e bens culturais que a população reconheça como parte de seu patrimônio.

Tombamento
Outros processos estão em fase de tombamento no município, entre eles o do Marco das Três Fronteiras. “Esse processo chegou no ano passado e esta caminhando. Também chegou recentemente o pedido de tombamento da estátua do peixe dourado na República Argentina, e tivemos uma conversa com a comunidade do Morumbi que tem interesse no tombamento da estátua de São Francisco de Assis, localizada no bairro”, adiantou o presidente da Fundação Cultural, Juca Rodrigues.

De acordo com ele, a demanda tem aumentado de maneira significativa nos últimos anos. “Vários estudos já feitos pelo Conselho e membros da comunidade citam estátuas, fatos e locais que poderiam ser tombados. É um anseio da Prefeitura e da própria comunidade”, enfatizou. 

História do Mitre
Quando foi fundado, em 1927, sob a gestão do prefeito Heleno Schimmelpfeng, o colégio se chamava Grupo Escolar Caetano Munhoz da Rocha e ficava em frente à Praça Getúlio Vargas. O nome era uma homenagem ao governador do Paraná na época. As aulas iniciaram oficialmente no dia 15 de janeiro de 1928, tendo como primeiro diretor o Monsenhor Guilherme Maria Thiletzek e os professores João Worth, José Winks (ambos padres), Aretuza Reis e Silva, Francisca Vesini Correa e Otília Schimmelpfeng.

Somente no governo seguinte, em meados dos anos 50, passou a se denominar Grupo Escolar Bartolomeu Mitre, em homenagem ao político, escritor e militar argentino que durante a Guerra com o Paraguai (1864) impediu que as tropas paraguaias cruzassem o território a oeste do Paraná. Foi nesta mesma época que o colégio mudou-se para a avenida Jorge Schimmelpfeng, onde permanece até hoje. 

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