Presença de especialistas de informática brasileiros gera suspeita sobre as eleições no Paraguai

Veja o que disse a Justiça Eleitoral do Paraguai

Treinamento para o uso de urnas eletrônicas em Ciudad del Este. Foto: divulgação

O jornal La Nación, do Paraguai, informou que o secretário-geral e diretor do Gabinete do Partido Colorado, Eduardo González, está suspeitando do trabalho de cerca de 20 brasileiros, especialistas em informática, que estão acompanhando o processo eleitoral no Paraguai.

Aparentemente, o trabalho deles vem sendo coordenado por Mirian Irún de Alegre, mulher do candidato à presidência da República, Efraín Alegre.

González sustentou que há dúvidas e preocupação sobre o que poderia estar sendo preparado para o dia das eleições nacionais, em 30 de abril, principalmente devido a comentários feitos por Alegre, relacionados a fraude e a contagens paralelas à Transmissão dos Resultados Eleitorais Preliminares (TREP) da Justiça Eleitoral.

“A ideia é gerar não só instabilidade, tem que duvidar do que estão preparando para o dia das eleições”, disse em entrevista ao programa “Así son las Cosas” da rádio Universo 970 AM/Nación Media.

González afirmou que as instituições e autoridades competentes devem tomar providências sobre o assunto, levando em conta que se trata de um fato grave, já que aparentemente esses cidadãos brasileiros estão trabalhando no país sem cumprir os requisitos imigratórios.

O secretário insistiu em que se esclareça como é que estas pessoas chegaram ao país e quem está financiado o trabalho que estão fazendo no Paraguai.

“Quem os paga, onde são pagos e com que mecanismo de financiamento? A lei de financiamento político proíbe receber recursos do exterior, então quem está doando ou quem paga?”, disse.

Por sua vez, em resposta à suspeita levantada pelo Partido Colorado, a Justiça Eleitoral do Paraguai reiterou “seu compromisso de imparcialidade, garantido a transparência em todos os processos relacionados às Eleições Nacionais”, ao emitir o comunicado abaixo.

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