Presidente da Câmara contesta prefeito sobre falta de recursos para pagar professores

Mesmo com orçamento de R$ 313 milhões na educação, prefeitura não paga direitos dos profissionais, acusa vereador

Morales, no primeiro plano, em sessão plenária da Câmara de Vereadores. Foto: Christian Rizzi/Divulgação

Ontem (05), o prefeito Chico Brasileiro postou nas redes sociais um vídeo acusando a Câmara de Vereadores de estar gastando muito dinheiro, valores que seriam suficientes para pagar vale-alimentação a todos os funcionários da Secretaria de Educação.

Atualmente, só os que ganham menos recebem esse auxílio.

Em resposta à postagem, o presidente da Câmara, João Morales, contestou a alegação do prefeito Chico Brasileiro sobre a falta de recursos para pagar direitos dos professores, inclusive compromissos assumidos por ele com a classe. Também refutou a fala do Chefe do Poder Executivo em que busca fugir da responsabilidade como gestor da educação e usa de desinformação para tentar jogar os professores contra o Poder Legislativo.

Mesmo com orçamento de R$ 313 milhões na educação, a prefeitura não paga direitos dos profissionais.

“Talvez por má gestão dos recursos, o Executivo alega que estourou o limite da folha ou que não tem caixa. Querer verba da Câmara que tem um orçamento ajustado é tentativa de inverter as responsabilidades. O Legislativo é um poder independente, cujo orçamento representa em torno de 2,5% do valor global da prefeitura que é de R$ 1,6 bilhão”, disse o presidente.

Arrecadação da prefeitura aumentou 14,4%

Desde o ano de 2017, a arrecadação média por munícipe de Foz do Iguaçu é a maior do Estado, considerando-se as cidades entre 150 e 500 mil habitantes. Foz arrecada, por cidadão que reside aqui, mais do que Maringá. O crescimento das receitas municipais também tem sido, desde o ano de 2017, consistentemente superior à inflação anual medida pelo IPCA.

A prefeitura vem arrecadando muito mais neste ano. Na divulgação obrigatória na Câmara sobre as metas fiscais, aparece que, em comparação com o ano passado, foi um aumento de 14,4%, indo de R$ 963 milhões para R$ 1 bilhão e 102 milhões. João Morales adiantou que vai requerer informações detalhadas sobre onde foram investidos esses recursos a mais.

Lembrou que a prefeitura gasta mais de R$ 3 milhões por ano com aluguéis enquanto deixa prédios públicos abandonados e sendo depredados. “Esse ano deve gastar outros R$ 20 milhões com o transporte coletivo, uma despesa que não existia. E só de juros paga outros R$ 18 milhões.

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