Presidente da Câmara de Foz propõe redução do salário dos assessores

A ideia é economizar cerca de R$ 5,2 milhões por ano do orçamento do Legislativo

João Morales. Foto: CMFi/Divulgaçao

Nesta sexta-feira, 20 de outubro, o presidente João Morales (União Brasil), em uma entrevista na Rádio Cultura, propôs redução no salário dos assessores para economizar R$ 5,2 milhões por ano na Câmara de Foz do Iguaçu.

A discussão da medida a ser submetida aos demais pares, surge como uma contraproposta à carta compromisso assinada por oito vereadores propondo reduzir orçamento em R$ 7 milhões, o que inviabiliza o plano de investimentos definido por equipe técnica do Legislativo.

Propondo manter o plano de investimento da Câmara, João Morales disse que a ideia é ajustar o quadro de assessores para categorias I, II e III a partir de 2024. “A proposta que nós trazemos aqui é a formação do quadro dos assessores, separado por assessor I, II e III. Ficaria um cargo de assessor I no valor estimado aproximadamente R$ 8 mil líquido; um assessor II no valor de R$ 6 mil; e, também, o nível III, que seriam dois assessores, com salário de R$ 3,5 mil líquido”, explicou.

O presidente informou que foi feito um estudo de impacto, onde foi possível projetar, uma economia de R$ 5.278.883,09 no próximo ano.
Investimentos são planejados e necessários

Na entrevista, Morales esteve acompanhado pelo assistente técnico da diretoria geral, Fabiano Borgheti, e o servidor de carreira e assistente técnico da Diretoria de Segurança Física e Digital (TI), Waldson de Almeida Dias. Os dois detalharam o plano de investimentos elaborado pelos técnicos, contemplando vários setores que há muito tempo não recebem melhorias.

O presidente fez considerações quanto ao orçamento do município e o requerido pela Câmara Municipal para o ano de 2024. “Por direito constitucional, a Câmara tem direito a um orçamento de até R$ 51 milhões, mas está fixado em R$ 47 milhões. Não estamos usando o teto do nosso orçamento”, disse.
O questionamento é que o Poder Executivo, com quase R$ 1,9 bilhão em orçamento, não tem recursos suficientes para atender a educação, por exemplo?
Melhorias estruturais vão gerar mais economia

Sobre os investimentos que a Câmara há muito tempo necessita e considerando que aproximadamente 95% do orçamento é para manutenção da Casa como custeio e folha de pagamento, Waldson de Almeida Dias, disse que é servidor da Câmara há 19 anos. É a primeira vez que ele vê um investimento nos servidores com melhorias estruturais que vão resultar em economia lá na frente.

O argumento é reforçado por Fabiano Borgheti: “Esse orçamento não foi tirado do nada. A gente fez um estudo de investimento na Câmara. Ele tem as projeções do ano que vem porque o orçamento é estimado. Então, tem as projeções do nosso custeio mensal. Naturalmente é maior porque a gente tem contratos novos”, aponta Fabiano.

Explicou que com as novas soluções tecnológicas a serem implantadas, tratando, por exemplo, da diminuição de papéis e modernização digital vão gerar economia e melhorar as condições dos servidores e dos próprios vereadores.

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