O vereador Beni Rodrigues (PSB), preso e condenado por causa da Operação Pecúlio, assumiu ontem (01) a presidência do Legislativo de Foz do Iguaçu.
Ele assumiu o cargo tendo Nanci Rafagnin Andreola (PDT), que responde processo na Justiça por uso de um atestado médico supostamente falso, como primeira vice-presidente; João Miranda (PSD) como segundo vice-presidente; Rosane Bonho (Progressista) primeira-secretária; e Edson Narizão (PTB) segundo-secretário.
No ato da posse, quem mais chamou a atenção foi o vice-prefeito de Foz, Nilton Bobato, quando, representando o prefeito Chico Brasileiro, estava fazendo seu pronunciamento, ressaltando os mesmos blá-blá-blás de sempre.
Na ocasião, Bobato mostrou nítida falta de ar no púlpito. Não se sabe se foi por problema de saúde, por emoção de ver a posse da Mesa Diretora que ele e Chico ajudaram a eleger ou por vergonha de tê-la ajudado.
Processos judiciais de Beni
Em dezembro de 2017, Beni foi condenado por corrupção passiva. Segundo o Ministério Público Federal (MPF), ele estava envolvido em um esquema de indicação para cargos na prefeitura e em empresas terceirizadas em troca de apoio político ao ex-prefeito Reni Pereira.
Beni também é réu em uma ação penal que investiga o pagamento de mensalinho a vereadores. Em dezembro de 2016, ele e outros 11 ex-vereadores chegaram a ser presos durante a Operação Nipoti – um desdobramento da Operação Pecúlio.
Beni, que assumiu o cargo ontem levantando a bandeira da transparência, provavelmente para desviar a atenção de seu currículo, recorre atualmente de outra condenação, desta vez por improbidade administrativa e também por enriquecimento ilícito.
Segundo o Tribunal de Justiça do Paraná, um ex-assessor de Beni utilizava o horário de trabalho para fazer campanha política. Segundo a Promotoria de Justiça, em vez de realizar atividades inerentes ao cargo que ocupava na Câmara, entre julho e setembro de 2012, o ex-assessor atuou como cabo eleitoral do ex-parlamentar, entregando panfletos.
A condenação definiu que eles devem devolver aos cofres cerca de R$ 50 mil, que é de três vezes o valor que o assessor recebeu enquanto trabalhava na Câmara de Vereadores. O valor é aplicado aos dois envolvidos no processo.
Como se não bastasse tudo isso, Beni luta na Justiça para receber dos contribuintes de Foz R$ 49 mil de 13º salários referentes à legislatura de 2013/2016.
Vale lembrar que Beni só foi eleito por que teve os votos dos vereadores que apoiam o prefeito Chico Brasileiro. Pobre Foz do Iguaçu, não?
Será que, com essa Mesa Diretora, é possível esperar um Ano Novo feliz?