Foi assim em Araçatuba (SP), em outubro do ano passado contra a empresa de transporte de valores Protege; foi assim em Ciudad del Este, em abril de 2017. E, da mesma forma, em outras cidades.
A prisão de 22 pessoas nesta quinta-feira (28), durante a operação “Homem de Ferro” (o nome é em homenagem a um policial morto durante o assalto em Araçatuba), revelou o modus operandi dos bandidos, que integram a facção criminosa PCC, com ramificação no Paraguai.
O assalto é feito por células compartilhadas da quadrilha. Uma equipe fica responsável por roubar carros blindados, outra explode o local do assalto, outra faz a contenção da polícia.
“Os chefes se conhecem, mas quem está abaixo não se conhece, e isso dificulta a investigação. Eles só se apresentam no dia do crime e voltam para suas cidades”, disse ao G1 o delegado Antônio Paulo Natal, que comandou as investigações.
A operação aconteceu simultaneamente em Araçatuba, São Paulo, grande São Paulo, região de Campinas, Piracicaba, Rio Claro, Presidente Prudente e em cidades de Goiás, Piauí e Minas Gerais. Também foram cumpridos mandados em penitenciárias.
O assalto em Araçatuba rendeu à quadrilha R$ 10 milhões, enquanto em Ciudad del Este rendeu US$ 11,8 milhões, parte dos quais foi recuperada.
A prisão de um integrante paraguaio do PCC, nos últimos dias, mostrou que estava sendo planejado um novo assalto à Prosegur.