Uma megaoperação, denominada “Operação Celaeno”, realizada em conjunto pela Polícia Federal do Brasil, o Ministério Público do Paraguai e a Polícia Nacional do Paraguai, desmantelou, nesta sexta-feira (29), no Paraguai, uma das maiores organizações criminosas envolvidas no contrabando de mercadorias de todos os tipos, adquiridas no comércio de Ciudad del Este.
Sete aeronaves também foram apreendidas.
Várias pessoas foram presas e muitas estão foragidas. Entre os presos, está Juan Celso Urunaga Ledezma, irmão do ex-governador Jotvino Urunaga, encontrado nesta manhã. por agentes do crime organizado de Assunção, numa casa localizada no Paraná Country Club de Hernandarias.
Segundo a imprensa paraguaia, Juan Celso Urunaga Ledezma usava pistas clandestinas do Alto Paraná e Canindeyú, para operar, em grande escala, o contrabando de mercadorias, como eletrônicos, computadores e remédios proibidos.
A Polícia Federal em Foz de Iguaçu confirmou à imprensa paraguaia que Juan Celso Ledezma Urunaga tem mandado de prisão no Brasil, assim como seu cúmplice paraguaio Milcíades Espinola.
Gloria Rios, esposa de Urunaga Ledezma também é alvo da PF do Brasil por, supostamente, fazer parte do grande esquema de contrabando, que, durante anos, conseguiu enviar todos os tipos de produtos para o Brasil, usando aeronaves que operam a partir de pistas clandestinas.
Segundo a investigação, Urunaga Gonzalez e Milcíades Espinola, mais conhecido como “Capi”, foram responsáveis pela aquisição de bens de todos os tipos, em lojas de Ciudad del Este, que depois eram levados para as pistas clandestinas localizadas em Canindeyú e Alto Paraná, de onde as mercadorias eram trazidas para o Brasil por aviões que entravam ilegalmente no país.
A investigação precisou da participação de 360 agentes da Polícia Federal, em dois anos de investigações, que consistiam, principalmente, no monitoramento dos integrantes da quadrilha, com autorização judicial, tanto no Brasil como no Paraguai, de acordo com dados preliminares.