Interessados em investir no departamento de Alto Paraná, especialmente em Hernandarias, muitas vezes desistem devido à “propina descontrolada”, segundo matéria publicada hoje, 6, no Diário Vanguardia.
O engenheiro Rubén Sanabria, vice-presidente da Coordenação Agrícola do Paraguai, diz que a cobrança de propinas é a principal queixa dos estrangeiros que vão ao Paraguai com interesse de instalar indústrias, atraídos pelos impostos acessíveis previstos na Lei de Maquila, pela energia abundante e pela mão de obra qualificada.
A falta de segurança, diz ele, acaba frustrando muitos projetos.
“De cada dez estrangeiros que vêm visitar nossa região, seja para realizar compras ou para conhecer as zonas industriais, nove são achacados”, diz Sanabria, seja por parte da Polícia de Trânsito Municipal, seja pela Polícia Rodoviária ou por “outros funcionários” públicos.
“Oferecemos tantas coisas positivas para que eles venham a investir em nosso departamento e, por culpa de uma pequena organização de sabotagem, perdemos muitos investidores”, lamenta.
Rubén Sanabria, sempre segundo o Vanguardia, diz que o problema começa já na chegada a Ciudad del Este. “Desde a Aduana, ao ver placas de veículos de outros países, eles já se comunicam entre eles e começa a ronda de propinas”.
Para o engenheiro, uma das soluções é que as instituições paraguaias paguem bem aos funcionários que controlam e recebem as pessoas na entrada do Paraguai, para que não tenham necessidade de pedir propina ou extorquir.
E sugere mecanismos de controle intensos para investigar aqueles que se encarregam de “afugentar os estrangeiros”.