Proposta indecente? Olha quanto o Paraguai quer rachar com o Brasil para aumentar a tarifa da Itaipu

"A ideia é levar a alíquota até o limite de competitividade da indústria e pelo que os consumidores brasileiros podem pagar para a binacional", disse o ministro da Indústria e Comércio

Vertedouro da Itaipu. Foto: IB/margem paraguaia

Ontem (17), em entrevista à Rádio Nacional do Paraguai, o ministro da Indústria e Comércio (MIC) paraguaio, Javier Giménez, revelou que a tarifa proposta pelo Paraguai de aumentar a tarifa da energia produzida pela usina de Itaipu “visa gerar recursos acima de US$ 2 bilhões, que seriam distribuídos em partes iguais” com o Brasil.

Traduzindo: cada país ficará com mais de US$ 1 bilhão, caso a tarifa seja aumentada em 24%, conforme proposta do Paraguai.

“O presidente Lula se comprometeu a resolver a questão e esperamos que seja conveniente aos nossos interesses”, frisou (veja mais detalhes aqui)

O ministro expressou sua confiança de que ambas as nações chegarão a um acordo que se traduzirá em benefícios para ambos os povos.

“As negociações também têm tempo de amadurecimento. Há uma diferença razoável que esperamos encurtar e em qualquer negociação é preciso dar para receber, porém o argumento do Paraguai sobre por que quer essa alíquota é muito mais sólido”, explicou.

Giménez argumentou que “uma alíquota muito elevada poderia reduzir a competitividade da hidroeletricidade frente às energias alternativas, então a ideia é levar a alíquota até o limite de competitividade da indústria e pelo que os consumidores brasileiros podem pagar para a binacional”.

Enquanto isso, o orçamento da Itaipu para 2024 continua travado pelos paraguaios, para forçar o aumento da tarifa e, como resultado, a usina não pode pagar férias e 13º salário antecipado de seus empregados (brasileiros e paraguaios), fornecedores e prestadores de serviço.

Com informações da Agência IP

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