Provas obtidas pela polícia por meio do WhatsApp, sem autorização judicial, não têm validade

Ilustração: Pixabay

A notícia a seguir é boa ou ruim, caro leitor? Bom, para um País dominado pela bandidagem, parece ser ruim, mas lei é lei.

A Quinta Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) reconheceu a ilegalidade de provas obtidas pela polícia, sem autorização judicial, a partir de mensagens arquivadas no aplicativo WhatsApp e, por unanimidade, determinou a retirada do material de processo penal que apura suposta prática de tentativa de furto em Oliveira (MG).

O motivo? A garantia à inviolabilidade da intimidade e da vida privada, prevista no artigo 5º, inciso X, da Constituição.

No caso específico, que deve virar jurisprudência, a história é a seguinte:

“A polícia foi acionada por uma moradora que viu um homem na porta da sua residência em atitude suspeita e, em seguida, anotou a placa do automóvel que ele utilizou para sair do local. A polícia localizou o veículo em um posto de gasolina e conduziu os ocupantes até a delegacia.

Na delegacia, os policiais tiveram acesso a mensagens no celular do réu que indicavam que os suspeitos repassavam informações sobre os imóveis que seriam furtados. Segundo a defesa, a devassa nos aparelhos telefônicos sem autorização judicial gerou a nulidade da prova”.

Fonte: STJ

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