Na Argentina, Buenos Aires é o principal destino turístico preferido da comunidade LGBT+ (sigla para lésbicas, gays, bissexuais, travestis e outros).
Em segundo lugar, vem Puerto Iguazú com suas Cataratas, conforme a última pesquisa.
Puerto Iguazú superou, na preferência desse tipo de público, a cidade de Mendoza, que agora ficou em terceiro lugar, segundo informaram Pablo de Luca e Gustavo Noguera, presidente e vice-presidente da Câmara de Comércio Gay Lésbica Argentina.
Os dois se reuniram com o subsecretário de Marketing e Promoção do Ministério de Turismo de Misiones, Oscar Alejandro Degiusti, para acertar a realização de workshops de sensibilização sobre diversidade sexual e de gênero para o setor turístico de Puerto Iguazú.
Público que gasta mais
Com apoio do Ministério de Turismo de Misiones, a intenção é tornar toda a província ainda mais amigável ao setor LBGB+, com estratégias de promoção e comunicação.
A intenção é nobre, mas tem como fundo a questão financeira: o setor LGBT que viaja tem bom poder aquisitivo e alta predisposição para gastar.
É um público que consome acima da média e pode viajar fora da temporada, o que é ainda mais interessante para hotéis e restaurantes, por exemplo.
Mais que negócios
A consultora Diversity Consulting International, durante a Feira de Turismo LGBT da Espanha, disse que a intenção é reforçar os vínculos com este segmento, a longo prazo. “Fala-se muito do turismo de negócios, por exemplo, mas o turismo LGBT é sperior em uns 43%”, disse Juan Pedro Tudela à revista internacional de negócios Forbes.
Segundo os dados que apresentou, enquanto o turismo de negócios movimenta uns 4,3 milhões de euros por ano, na Espanha, as viagens LGBT geram uns 6,2 milhões de euros.
A empresa El Corte Inglés criou uma divisão no seu departamento de viagens com produtos dirigidos ao segmento LGBT, que aproveita a experiência na organização de viagens de alto nível e máxima exigência, para atender a um coletivo com demandas de viagens específicas.
Seu foco são os grandes festivais, mas também cria outro tipo de experiências para um público que busca evitar os macroeventos e prefere um conteúdo diferente, mais cultural, desportivo e inclusive corporativo.
Fontes: El Independiente Iguazú e La Voz de Cataratas