Quando o silêncio se manifesta…

Coerente com sua postura, e logicamente respeitando o direito à liberdade de expressão, se deu o direito de sair do casulo

Foto ilustrativa: Pixabay

Quando o silêncio se manifesta…

*Por Carlos Roberto de Oliveira

Discreto, beirando a timidez, não dispensava, a princípio, a menor atenção às discussões, inócuas, que um grupo de iluminados, na hora do ócio, desenvolviam e cuja retórica, recheada por lugares-comuns sobre a realidade, tentava impor suas ideias pelo tom da voz, naturalmente alto, e, portanto, impositivo.

Coerente com sua postura, e logicamente respeitando o direito à liberdade de expressão, se deu o direito de sair do casulo e, identificando-se, expor sua opinião, já que o espaço era público e havia, intrínseco, condições para tanto.

E de seu até então silencio, explodiu uma manifestação, audível só o necessário, nascida do fundo de um sentimento de revolta ante tanta alienação condicionada por comportamentos cujo único objetivo era o de preencher o vazio de pensamento com colocações de efeito para satisfazer egos incapazes de discernir, pela falta de sensibilidade, que a dúvida é um meio eficaz de combater o medo e a desesperança, caso contrário, qual o sentido de se viver.

Sem mais delongas, e voltando-se aos “analistas de plantão” que tentavam induzir outros às suas convicções, respondeu-lhes, sem subterfúgios, que lhes faltava o mínimo de conhecimento para aplicar seus pensamentos pessimistas, e normalmente carentes de embasamento, a uma situação que tinha necessidade de, no mínimo, contar com quem deveria ter o compromisso de lutar contra a banalização de valores morais, nos quais o respeito ao direito do outro, especialmente com relação à sua dignidade,  deve ser considerado tendo a consciência de cada um como juiz.

E, sentindo o vozerio diminuir, igualmente calou-se, pois nada mais fazia sentido naquele momento, talvez a tão esperada vacina… somente.

*Carlos Roberto de Oliveira é empresário do ramo de logística em Foz do Iguaçu

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