Que tal um espetinho de gafanhoto, formiga e besouro? Veja o que diz pesquisadora da UNILA

O consumo desses animais vem ganhando cada vez mais interesse, por conta dos benefícios nutricionais e do baixo impacto ambiental na produção.

Insetos UNILA

Elaine Soares é doutora em Entomologia pela UFPR e atua no curso de Ciências Biológicas - Ecologia e Biodiversidade da UNILA. Foto: UNILA/Divulgação

Recentemente, um relatório da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) apontou que o consumo de insetos pode ser um ponto primordial para a erradicação da fome e para o combate à pobreza no mundo.

E, de acordo com a pesquisadora e professora da UNILA Elaine Soares, o consumo desses animais vem ganhando cada vez mais interesse, por conta dos benefícios nutricionais e do baixo impacto ambiental na produção.

Veja o que ela destaca:

  • No Brasil,  existem 135 espécies de insetos comestíveis, entre elas larvas de besouros, lagartas de borboletas, formigas e gafanhotos;
  • Com novas pesquisas mostrando os benefícios nutricionais e ambientais do consumo de insetos, cada vez vem surgindo mais empresas interessadas na produção e beneficiamento desse tipo de proteína para alimentação;
  • Em termos dietéticos, hoje já sabe que são animais que têm boas quantidades de aminoácidos, sais minerais absorvíveis, cálcio e gorduras saturadas. Alguns têm até Ômega 6 e Ômega 12;
  • O consumo de subprodutos de insetos já é algo comum. O mais popular é o mel e, na indústria, o corante carmim de cochonilha é proveniente do inseto Dactylopius coccus, popularmente conhecido como cochonilha, que é criado em cativeiro para a produção do pigmento que tinge sorvetes, iogurtes e até cosméticos;
  • No interior de São Paulo e no Nordeste as formigas tanajuras são consideradas iguarias culinárias, que vêm ganhando espaço inclusive em restaurantes requintados.

 

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