O jornal ABC Color publicou, nesta-sexta (14), uma reportagem sobre o envolvimento do ex-presidente do Paraguai Horácio Cartes com “o doleiro dos doleiros” Dario Messer, preso no Brasil.
A matéria tem como base o depoimento que o doleiro prestou em sua delação premiada, aprovada pelo Justiça Federal brasileira, para tentar reduzir sua pena de 18 anos e nove meses de prisão.
É bom ressaltar que essa delação, tudo indica, pode “respingar” em gente ligada à área de câmbio da região das Três Fronteiras.
Por isso, o Não Viu? traduziu os principais pontos dessa delação, em relação ao ex-presidente, divulgados pelo jornal ABC Color.
Vamos a eles:
- Cartes pediu a Messer para só se entregar à Justiça paraguaia, depois que ele (Cartes) estivesse fora da Presidência do Paraguai.
- Em uma carta escrita de próprio punho Messer, pediu a Cartes US$ 500 mil.
- Messer disse que Eduardo Campus, titular do Banco BASA, é o homem de confiança de Cartes.
- Em contato com Eduardo, Cartes disse que só falaria com o irão de Messer, chamado Julio, que reside em Nova Iorque, nos EUA.
- Myra Athayde, a noiva de Darío Messer, foi até os Estados Unidos e solicitou a Júlio Messer, em dezembro de 2018, que ele (Julio) pedisse a Cartes um empréstimo de US$ 600 mil.
- Cartes disse a Julio que só entregaria o dinheiro a Myra.
- Em janeiro de 2019, Myra esteve no Hotel Sheraton, onde se encontrou com Eduardo Campus, que fez a entrega de US$ 600 mil.
- Messer disse que o principal negócio de Cartes é a fábrica de cigarros Tabesa, que possui 60% do mercado paraguaio.
- Cartes recebeu um empréstimo de US$ 13 milhões da família de Messer, para salvar o então Banco Amambay, em crise deste 1994.
- Como forma de pagar a dívida, o Banco Amambay transferiu as fazendas El Toro, Colorado e Nova Esperanza para a offshore Tournon (empresa de fachada, sediada no Panamá), de propriedade de Messer.
Vamos aguardar os próximos capítulos.