Quer saber se a urna eletrônica é confiável ou não? Se sim, leia esta nota! Vale a pena!

Para os especialistas, as principais brechas encontram-se no processo de confecção, dentro do TSE, do programa de votação

Foto: Agência Brasil

Ontem (28), o jornal Gazeta do Povo publicou uma matéria sobre a segurança da urnas eletrônicos, que pode ser lida na íntegra aqui, na qual o jornalista Renan Ramalho elenca uma série perguntas e respostas sobre o tema.

O que chamou a atenção do Não Viu? foi o fato de, ao contrário do que muitos desconfiam, a possível fraude não está na apuração geral dos votos feita em Brasília, mas sim na programação das maquinas.

Vejam abaixo alguns trechos da matéria.

1-) Para os especialistas, as principais brechas encontram-se no processo de confecção, dentro do TSE, do programa de votação que roda nas urnas, e também no momento em que ele é instalado, por empresas terceirizadas, nas máquinas distribuídas por todo o país.

2-) A primeira hipótese supõe a possibilidade de que um funcionário do TSE possa ser corrompido e tornar-se um fraudador interno, contaminando o programa de votação com algoritmos que possam adulterar a votação no dia da eleição.

3-) Nos últimos anos, foram identificados dois ataques de hackers a computadores do TSE. Em 2018, os invasores se passaram por funcionários de TREs para entrar na rede do tribunal. Conseguiram acessar um sistema chamado Gedai, onde é confeccionado o software da urna. Em 2020, um novo ataque conseguiu capturar dados administrativos antigos de servidores e ex-ministros. No dia da eleição, a apuração dos votos atrasou algumas horas.

4-) Desde a introdução das urnas eletrônicas no Brasil, em 1996, foram realizados cinco testes, em 2009, 2012, 2016, 2017 e 2019. Em todos eles, participantes conseguiram encontrar vulnerabilidades. A mais grave foi detectada em 2017, quando uma equipe coordenada pelo professor Diego Aranha, atualmente pesquisador de ciência da computação na Universidade Aarhus, na Dinamarca, conseguiu invadir a urna eletrônica.

5-) O TSE diz que todas os testes foram úteis para aperfeiçoamentos do sistema eletrônico. Após as correções, o tribunal chama os técnicos externos de volta para verificarem novas blindagens introduzidas na urna. Mesmo assim, eles reclamam do tempo e das condições restritas para realizar os ataques monitorados.

“São apenas três dias para examinar dezenas de milhões de linhas de programação, e é proibido anotar trechos de código em papel ou usar as próprias máquinas, tomando enorme tempo para preparar um ambiente de trabalho”, diz Diego Aranha.

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