Saiba até quando o vertedouro da Itaipu deve ficar aberto

Nesta sexta-feira (3), o vertimento na usina de Itaipu chegou a 8,1 milhões de litros de água por segundo

Vertedouro da Itaipu aberto. Foto: Kiko Sierich/PTI

Com a volta das chuvas intensas de quinta-feira (2) para sexta-feira (3), a vazão dos Rios Iguaçu e Paraná voltou a subir nas bacias dos dois rios. Choveu muito em vários pontos do Rio Iguaçu e, também, na área incremental do Rio Paraná, que abastece o reservatório da usina de Itaipu.

Como consequência, as vazões tiveram um pequeno aumento na região da Ponte da Amizade, na fronteira entre Brasil e Paraguai, mas esses valores devem se estabilizar no fim de semana, com a previsão de tempo bom e queda na temperatura.

O vertedouro foi aberto no dia 1º de novembro, devido à cheia na Bacia do Paraná.

Nesta sexta-feira (3), o vertimento na usina de Itaipu chegou a 8.152 metros cúbicos de água por segundo (m³/s), o equivalente a seis vezes a vazão normal das Cataratas do Iguaçu. Esse volume deve diminuir pouco a pouco até chegar à casa dos 1,5 mil (m³/s) já neste sábado (4).

A vazão defluente de Itaipu vai baixar para não aumentar o impacto da cheia do Iguaçu, que deverá registrar novo pico na tarde de sábado. O vertedouro deve ficar aberto até o dia 10 de novembro, visto que a afluência deve cair dos atuais 19 mil m³/s para 11 m³/s no domingo (12).

A produção de energia da usina está em torno 11 mil megawatts médios. A cota do rio Paraná na região da Ponte da Amizade subiu de 116,2 metros para 117 metros acima do nível do mar. Pelo menos para os próximos dias, não há previsão de aumento significativo do nível do rio naquele ponto.

No pico das cheias na semana passada, por causa do represamento do Rio Iguaçu pelo Paraná, esse valor chegou a 119,11 metros. O nível médio do Rio Paraná, naquela região, vai até 101,66 metros. Entre 105,60m a 107,99m, começa o índice próximo a inundações. A cota hoje está 16 metros acima do normal.

Para o coordenador da CEC e gerente de Departamento de Operação do Sistema da Itaipu, Paulo Zanelli Júnior, a esperança é que o pior já tenha passado. “Graças às estratégias adotadas pela comissão, em parceria com outros órgãos municipais, a Itaipu tem conseguido manter um equilíbrio entre armazenamento de água, produção de energia e redução de impactos para as famílias ribeirinhas”.

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