Saiba o valor da rescisão que o prefeito de Foz pagou ao presidente de um partido aliado, para depois recontratá-lo

A recontratação não é ilegal, mas é, no mínimo, revoltante para quem é obrigado a pagar impostos

Foto ilustrativa: Agência Brasil

O Portal da Transparência da Prefeitura de Foz do Iguaçu mostra algo bem, digamos, interessante. Interessante por quê? Por que é uma pequena mostra de como os cargos comissionados (contratação sem concurso público, mas por indicação política) são usados, há anos, na Prefeitura de Foz do Iguaçu.

Quando não obedecem critérios técnicos, essas contratações são, no mínimo, revoltantes para quem é obrigado a pagar impostos.

Detalhe: Chico Brasileiro, quando assumiu a prefeitura, em carta assinada, se comprometeu com seu partido, o PSD, a só fazer contratações técnicas.

O documento em questão se chamou Carta Compromisso – Boas práticas para a administração de Foz do Iguaçu

Pobre Foz do Iguaçu.

Vamos aos fatos!

No último dia 9 de outubro, o presidente do diretório municipal do Partido Socialista Brasileiro (PSB), Celso Martines Júnior, que ocupava o cargo comissionado de “Assessor 1” na administração do prefeito Chico Brasileiro, foi exonerado.

Porém, no mesmo dia 9, ele foi nomeado para um outro cargo na mesma administração do prefeito Chico Brasileiro: o de “Assessor Técnico Especial“.

Devido a isso, Celso Martines recebeu, líquidos, em outubro, R$ 12.920,37 de rescisão pela saída do primeiro cargo de confiança e, também, mais R$ 5.384,46 de salário pelo novo cargo que assumiu.

No total, ele recebeu, portanto, apenas em outubro, R$ 18.304,83, além de um novo emprego.

Vale ressaltar que essa contratação não é ilegal e deve ser a forma de gestão adotada pelo prefeito Chico Brasileiro para administrar os recursos públicos, pagos pelos contribuintes.

Porém, fica a pergunta: qual seria a necessidade de recontratá-lo, por R$ 7,4 mil, já que ele foi mandado embora?

Reposta: Necessidade política (e desnecessária), provavelmente.

Vejam abaixo os fac-símiles do Portal da Transparência e do Diário Oficial do Município que comprovam os valores recebidos, a exoneração e a nomeação.

 

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