A lentidão nas obras da Perimetral Leste, em Foz do Iguaçu, foi um dos temas no Programa Contraponto, na Rádio Cultura de Foz do Iguaçu, ontem (16).
A perimetral é necessária porque, principalmente, vai dar acesso à Ponte da Integração, que está pronta, e liga as cidades de Foz do Iguaçu, no Brasil, e Presidente Franco, no Paraguai.
Entrevistado pelo programa, o engenheiro João Luis Félix, diretor da JL Construções Civis, empreiteira que está executando a obra, disse que os trabalhos seguem num ritmo bem lento porque, entre outros problemas:
- Foi licitado um projeto muito antigo e houve uma série de questões que precisaram ser ajustadas;
- As desapropriações demoraram muito;
- O projeto original previa somente a passagem de caminhões na Ponte da Integração, mas como foi alterado para caminhões e automóveis, foi necessário adequar as aduanas, fora os novos viadutos;
- Existe ainda uma questão sobre a pavimentação. Em função do aumento no tráfego que vai ter, porque é um projeto muito antigo, o Dnit está exigindo uma pavimentação muito mais reforçada e, para isso, também precisa de um ajuste de contrato;
- Embora a Itaipu, que financia a obra, esteja repassando os recursos “rigorosamente em dia”, a empreiteira não consegue emitir faturas, porque não estão acertadas as questões de readequação desse contrato;
- Por isso, segundo o diretor da JL, o caixa da construtora está extremamente negativo.
“Agora vamos fazer só aquilo que a gente consegue medir, porque daqui para frente fica difícil trabalhar sem receber”, avisou o diretor da JL.