O Ministério da Indústria e Comércio (MIC) do Paraguai, que preside o Conselho Nacional das Indústrias Maquiladoras Exportadoras (CNIME), destacou no relatório do primeiro semestre de 2023, que o investimento total nas indústrias maquiladoras chegou a US$ 1 bilhão de dólares. Isso significa que duas décadas de vigência do regime, o setor atingiu o maior nível de capacidade produtiva de toda a história.
Quanto ao detalhamento dos produtos exportados, o destaque fica com as autopeças, com 27% do total. Logo depois aparecem vestuário e têxteis (20%), produtos alimentícios (15%), alumínio e derivados (13%) e plásticos e manufaturados (6%).
Destinos – Entre os principais destinos das exportações, os destaques ficaram com o Brasil (57%), Argentina (12%), EUA (7%), Holanda (6%), Chile (5%) e Uruguai (3%).
Os embarques correspondentes ao primeiro semestre deste ano atingiram um total de 492 milhões de dólares, registando um ligeiro decréscimo de 2% face com relação ao primeiro período do ano passado.
Importações – As importações de insumos para transformação industrial sob o regime de maquila atingiram um total de 265 milhões de dólares, 14% a menos em relação ao mesmo período de 2022. Desta forma, o saldo comercial de janeiro a junho, cresceu 16% atingindo um total de 227 milhões de dólares.
Empregos – O relatório destaca que o investimento de mais de um bilhão de dólares coincide com os maiores níveis de empregos gerados na história da indústria maquiladora.
São 22.319 empregos diretos, 6% a mais do que no primeiro semestre de 2022.
Em relação aos empregos indiretos, estima-se que a indústria maquiladora tenha contribuído para a criação de um total de 10.713 postos de trabalho.
Os setores com maior geração de empregos no regime de maquila correspondem ao de autopeças (30%), vestuário (27%), serviços intangíveis (11%) e plásticos e suas manufaturas (9%). Juntos, esses quatro setores são responsáveis por 77% da geração de empregos na indústria maquiladora.
Economia – Atualmente, são 278 empresas maquiladoras com programas aprovados, das quais 48% estão localizadas no departamento de Alto Paraná.
A segunda região com capacidade de atrair investimentos corresponde ao departamento Central e a Capital, que juntas concentram 36,3% de todas as indústrias maquiladoras; e, finalmente, o departamento de Amambay.
Para os próximos meses, a estimativa é de um crescimento de 9% nas exportações. Também se espera que a meta de gerar 23.000 empregos diretos nas indústrias maquiladoras seja alcançada, considerando que no primeiro semestre deste ano foram aprovados um total de 21 novos projetos, que contribuíram com cerca de 40 milhões de dólares.
Com informações do Ministério da Indústria e Comércio do Paraguai