“As intervenções realizadas, até maio deste ano, contra grandes estabelecimentos dedicados à mineração irregular de criptomoedas permitiram detectar danos materiais estimados em 13 bilhões de guaranis por mês (o equivalente a quase R$ 9 milhões mensais)”, informam as autoridades da Administração Nacional de Eletricidade (ANDE).
Só uma uma mineradora, fechada em no dia 29 maio, em Salto del Guaíra , estava consumindo irregularmente uma potência acumulada de 63,7 MW. “Comparativamente, essa é a potência que corresponde ao dobro da demanda da cidade de Pilar e representa 30% da potência nominal da Usina Hidrelétrica Acaray”, disse o presidente da ANDE, Félix Sosa.
Essa, segundo ele, foi a maior mineradora irregular fechada na história da empresa é a maior da história da instituição. Foram apreendidos 2.738 processadores dedicados à criptomineração e 5 transformadores de potência com capacidade de 7,15 MW.
Segundo Félix, o aumento do número de mineradoras irregulares fechadas em 2024 se deve a um acordo entre a ANDE, o Ministério Público e o Supremo Tribunal de Justiça (CSJ). O acordo com essas instituições permitiu, segundo ele, o apoio nas fiscalizações dos técnicos da ANDE, bem como o avanço dos processos abertos pelo crime furto de energia.
Ainda segundo a ANDE, o aumento das intervenções se deve, também, à entrada em operação de softwares de inteligência artificial que analisam variações significativas nos sistemas de distribuição e identificam altos consumos de energia.