As autoridades militares e procurados confirmaram sábado (21) que os três mortos durante o confronto no norte do país eram integrantes do autodenominado Exército do Povo Paraguaio (EPP).
Os órgãos de segurança, em conjunto com o Ministério Público, em entrevista coletiva, deram detalhes sobre o confronto entre a Força-Tarefa Conjunta (FTC) e os guerrilheiros, ocorrido na noite de sexta-feira (20) na região de Cerro Guasú, na divisa entre os departamentos Amambay e Concepción, que deixou três mortos.
Foram mortos no conflito Lúcio Silva (61 anos), Esteban Marín (36 anos) e Rodrigo Arguello (24 anos).
Eles são os principais suspeitos de sequestrar, no dia 9 de setembro, o ex-presidente do Paraguai Óscar Denis, que ainda se encontra nas mãos do EPP, segundo as autoridades paraguaias.
A operação é fruto de um trabalho de inteligência que vem sendo realizado há algum tempo naquela região do país.
O promotor interino, Federico Delfino, informou que as armas de fogo, dinheiro e telefones celulares apreendidos na operação serão analisados pelos responsáveis pela investigação.
No caso de Esteban Marín, o promotor explicou que carregava um rifle que havia sido roubado das Forças Armadas em um ataque ocorrido em agosto de 2016 em Arroyito, onde vários soldados foram mortos.
Sobre os mortos
Lúcio Silva, de 61 anos, foi um dos fundadores do grupo criminoso e tinha nove ordens de prisão por sequestro, homicídio doloso, privação ilegítima de liberdade, entre outros crimes. Ele foi procurado por vários anos pela FTC e pelo Ministério Público.
Esteve envolvido em vários sequestros, entre os quais o da Sra. María Edith Bordón (2001), a filha do ex-Vice-Presidente da República, Raúl Cubas, Cecilia Cubas (2004), além dos pecuaristas Fidel Zavala (2009) e Luis Lindstron (2008).
Esteban Marín López, 36 anos, tinha 15 ordens de prisão pendentes, por crimes como associação criminosa, homicídio doloso, sequestro, tomada de reféns, privação de liberdade, terrorismo, tentativa de homicídio, associação terrorista e apologia de crime.
É um dos principais dirigentes do EPP, a sua principal função consistia em arrecadar impostos revolucionários. Ele não tinha parentes dentro da estrutura armada.
Rodrigo Arguello, 24, tinha mandado de busca e locação expedido pelo Ministério Público da Unidade nº 2 (Horqueta). Ele mesmo participou da queima de vários estabelecimentos de gado e assassinatos.
Com informações da Agência IP