Os presidentes do Brasil, Jair Messias Bolsonaro, e do Paraguai, Mario Abdo Benítez, se encontram às 13h desta sexta-feira (10), em Foz do Iguaçu, para o lançamento da pedra fundamental da segunda ponte entre os dois países. Em menos de três meses, este é o segundo encontro na fronteira dos dois chefes de Estado.
O primeiro foi em 26 de fevereiro, na posse do diretor-geral brasileiro de Itaipu, general Joaquim Silva e Luna.
Essa segunda ponte tem custo previsto de R$ R$ 456.138.389,24, que será bancado pela Itaipu Binacional, sem afetar a tarifa da energia elétrica produzida pela binacional. O valor inclui obras da estrutura, desapropriações e a construção de uma perimetral no lado brasileiro.
A Itaipu revela que “os recursos, ao longo dos três anos previstos para durar a obra, serão remanejados de convênios e patrocínios sem aderência à missão da empresa”.
Traduzindo: a ponte será bancada com dinheiro de convênios que, aparentemente, não têm nada a ver com Itaipu e só atenderam, tudo indica, durante anos e anos, a interesses políticos no Brasil, e até no exterior, principalmente na gestão do petista Jorge Miguel Samek à frente da usina.
Ou melhor: a ponte é um exemplo vivo do que poderia ter sido feito nos últimos anos, se o dinheiro da Itaipu tivesse sido aplicado na região de abrangência da usina.
O diretor-geral brasileiro de Itaipu afirma que a binacional deve priorizar projetos estruturantes, como é o caso da ponte. Segundo ele, as cidades de fronteira, com a nova ponte, se firmarão como um “hub”, um centro de conexão regional, com interligação de vários países.
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A solenidade de lançamento da pedra fundamental da ponte que vai ligar Foz do Iguaçu a Presidente Franco inclui a assinatura do repasse de recursos da Itaipu Binacional, que vai bancar as obras, e convênio com o governo do Estado, que vai administrar a execução do projeto, desenvolvido pelo Departamento Nacional de Infraestrutura Terrestre (Dnit).
A ponte é resultado de negociações entre os presidentes Bolsonaro e Marito. O presidente brasileiro deu seu aval após parecer favorável da Advocacia Geral da União.
Importância
A segunda ponte é fundamental para toda a região de fronteira e vai beneficiar diretamente Foz do Iguaçu e as cidades paraguaias de Presidente Franco e Ciudad del Este. Hoje, a única ligação entre o Paraguai e o Brasil é a Ponte Internacional da Amizade, entre Foz e Ciudad del Este, que vive congestionada devido ao intenso tráfego de veículos, mercadorias e pessoas.
A nova ponte será utilizada para o tráfego de caminhões e será conectada à Aduana da Argentina. No lado brasileiro, haverá uma ligação direta da ponte com a BR-277, sem que os veículos pesados precisem utilizar como rota o centro de Foz do Iguaçu, como acontece hoje.
A par dos benefícios locais, no entanto, a ponte integrará, além do Brasil e do Paraguai, outros países da região, especialmente Argentina, Chile e Bolívia, que terão acesso direto aos mercados brasileiros, enquanto o Brasil terá, além deste acesso aos mercados da região, também ao Oceano Pacífico, para exportação de grãos à China, especialmente, o que reduzirá o custo dos fretes.
A melhor integração regional possibilitará o aumento da circulação de bens e riquezas, contribuindo fortemente para alavancar as economias desses países. Para se concretizar esse processo, será preciso ainda melhorar as rotas de transporte no Paraguai e na Argentina, para acesso mais rápido – e de menor custo – aos outros países. O Paraguai já iniciou algumas obras viárias importantes, nesse sentido.