É preciso não apenas reduzir impostos, mas organizar e racionalizar a cobrança dos tributos. Produzir petróleo onde ele será consumido. E ter uma estratégia real para os biocombustíveis.
Confira:
Para avaliar saídas para a crise dos combustíveis. Fique de olho:
Cícero Bley Jr
1- sobre impostos: elevar para próximo a 50% a carga tributária cobrada nos preços dos combustíveis usados nos transportes de matérias-primas e, depois, no de produtos acabados e, depois, na distribuição dos acabados para o varejo, forma uma cascata tributária que sufoca qualquer economia.
É necessário não só reduzir impostos federais e estaduais incidentes sobre os combustíveis, mas também organizar e racionalizar suas cobranças. Se cobrar no transporte de matérias-primas, não pode cobrar de novo no transporte de produtos acabados e no varejo.
2- sobre logística: produzir combustível nas refinarias localizadas na costa Atlântica e transportá-los, com tanques a diesel, até as regiões que os utilizam, por 2-3 mil quilômetros, produz uma conta que não fecha nunca.
É preciso aceitar a necessidade de produzir combustível aonde ele será usado. E não tendo petróleo em terras interiores, por que não ter uma política séria e de interesse nacional para o etanol, o biodiesel e o biometano? Isto por setor e por região.
3- sobre preços internacionais: esse é um tema para o qual não temos saída, a não ser produzindo petróleo para todos os combustíveis que precisamos, uma utopia. De novo sobrevém a necessidade de termos uma estratégia séria, verdadeira, profunda para os biocombustíveis etanol, biodiesel e biogás, que podemos produzir de forma descentralizada e usar sem poluir o planeta.
Podemos sair do domínio internacional dos preços do petróleo produzindo biocombustíveis nas nossas terras, com nosso clima e com a nossa biodiversidade.
Difícil? Claro que é! Fosse fácil…