Salários na Itaipu: Paraguai não se curvará e buscará aumento da tarifa de energia

Brasil prefere manter a tarifa de 16,71 Kw/mês, enquanto o Paraguai pede sempre uma tarifa maior, para ter mais recursos e fazer melhores investimentos para o desenvolvimento do país

Foto ilustrativa: divulgação/IB

O impasse sobre a definição do valor da tarifa da energia de Itaipu para este ano, que travou o orçamento da empresa e gerou o atraso do pagamento de férias e 13º dos funcionários brasileiros e paraguaios da usina, e pode atrasar o pagamento dos salários de janeiro (entenda o caso clicando AQUI), teve mais um capítulo ontem, segundo informa o jornal paraguaio La Nación, em matéria transcrita abaixo.

O presidente da Administração Nacional de Energia Elétrica (Ande) e membro do Conselho de Itaipu, Félix Sosa, referiu-se a uma publicação feita em um meio jornalístico brasileiro sobre a pressão do Paraguai por uma tarifa melhor da Itaipu Binacional. Sosa garantiu com segurança que os representantes paraguaios não cederão, e buscarão materializar o aumento da tarifa.

“Tenho certeza de que, devido às boas relações entre o presidente Santiago Peña e seu homólogo Luiz Inácio Lula da Silva, um acordo será alcançado rapidamente, em benefício de ambos os países. O Brasil prefere manter a tarifa de 16,71 Kw/mês, enquanto o Paraguai pede sempre uma tarifa maior, para ter mais recursos e fazer melhores investimentos para o desenvolvimento nacional”, ressaltou o responsável da Ande para o “Up Today.”, do GEN. e Universo 970 AM/Nación Media.

Sosa esclareceu que as conversas estão se desenvolvendo de forma totalmente normal e fluida, sem colocar qualquer tipo de condicionamento entre nenhuma das partes. Ele destacou que uma amostra dessas conversas produtivas é observada com o andamento do acordo operacional e no nível da potência contratada.

Assim, lembrou que dentro das negociações entre Paraguai e Brasil existem três pilares fundamentais: a definição da tarifa, a definição do nível de potência a ser contratado pela Ande e o acordo operacional. Para o presidente da Ande, não haverá nenhum tipo de transtorno dentro do trabalho que está sendo realizado, buscando priorizar o bom funcionamento administrativo da binacional.

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