Na sexta-feira (19), devido ao verão e o fluxo de turistas na costa argentina, o Serviço Nacional de Saúde e Qualidade Agroalimentar (Senasa) fez um alerta sobre a maré vermelha e reitera recomendações para prevenir intoxicações pelo consumo de moluscos contaminados com essas toxinas.
As marés vermelhas são fenômenos naturais que ocorrem nos mares de todo o mundo. São causadas por uma proliferação massiva de algumas espécies de algas microscópicas (microalgas) quando determinados fatores ambientais (temperatura, luz, pH, disponibilidade de determinados nutrientes, salinidade, entre outros) tornam-se favoráveis à sua multiplicação.
Como as microalgas possuem pigmentos, seu acúmulo na superfície do mar pode ser visualizado como manchas de extensão variável, embora o fenômeno também possa ocorrer sem manifestações de coloração.
A maré vermelha representa um perigo para a saúde humana, uma vez que organismos como moluscos bivalves ou gastrópodes podem acumular toxinas no seu corpo ao alimentarem-se de microalgas tóxicas e, ao consumi-las, as pessoas podem ficar envenenadas.
Organismos como moluscos bivalves (amêijoas, mexilhões, cholgas, berbigões, ostras) ou gastrópodes (caracóis marinhos) podem acumular toxinas no seu corpo ao alimentarem-se de microalgas tóxicas. As toxinas não os afetam, nem produzem alterações perceptíveis no seu cheiro, cor ou sabor.
Mas se esses moluscos contaminados forem consumidos, podem causar sintomas de intoxicação nas pessoas, cuja gravidade dependerá do tipo de toxina e da dose ingerida.
As toxinas não são inativadas pelo cozimento, pela adição de vinagre ou limão ou pelo consumo de álcool. Também não existem antídotos.
Formas de prevenção
A prevenção é fundamental, por isso a Senasa recomenda aos consumidores:
•não recolher moluscos e/ou mariscos nas praias para consumo doméstico;
•respeitar as disposições, portarias e editais de proibição da extração e consumo de moluscos;
•não adquirir preparações à base de frutos do mar (conservas, saladas, paellas, etc.) em barracas de rua ou estabelecimentos que não possuam certificação de segurança alimentar;
•não compre frutos do mar frescos “ao pé do barco”, em molhes ou oferecidos por coletores não autorizados;
•não compre moluscos que não possuam o correspondente certificado sanitário emitido por órgão oficial;
•comprar ou consumir frutos do mar adquiridos somente em peixarias, restaurantes ou estabelecimentos de alimentação devidamente autorizados.