A Promotoria de Justiça de Proteção ao Meio Ambiente de Curitiba oficiará o Ministério da Saúde recomendando que a esporotricose – doença que atinge principalmente os gatos, mas que também pode ser transmitida a humanos, com graves complicações, se não tratada a tempo – seja nacionalmente classificada como de notificação compulsória.
A medida visa ampliar as ações para o enfrentamento do problema, que tem apresentado aumento nos índices de contágio em todo o território nacional. O avanço da esporotricose no estado e as medidas necessárias para o seu enfrentamento vêm sendo acompanhados pela unidade do Ministério Público do Paraná desde o ano passado, a partir de procedimento administrativo próprio.
No Paraná, a partir da atuação do MPPR, a esporotricose já foi definida como de interesse estadual e de notificação compulsória nos serviços de saúde públicos e privados (Resolução da Secretaria Estadual de Saúde 93/2022). Considerando a expansão de registros da doença por todo o país, especialmente para os estados fronteiriços, a Promotoria de Justiça articula ainda a realização de ações integradas entre os Ministérios Públicos dos estados de Santa Catarina, São Paulo e Mato Grosso do Sul.
Características – Causada por um fungo – encontrado na terra, em espinhos, farpas, madeiras e outros materiais em decomposição – a esporotricose é transmitida, especialmente entre os felinos, no contato entre animais infectados, a partir de arranhões e mordidas.
Sua manifestação se dá principalmente como lesões na pele que, se não diagnosticadas e tratadas precocemente, podem se agravar.
Há registros de óbitos em pacientes imunodeprimidos, como portadores de HIV, doentes renais e pessoas submetidas à quimioterapia para tratamento de câncer.
Com informações do MPPR