A boa notícia: a ministra da Advocacia-Geral da União (AGU), Grace Mendonça, aprovará um parecer favorável à decisão do presidente Michel Temer de liberar a Itaipu Binacional para investir na construção das duas novas pontes que ligarão o Brasil ao Paraguai.
Pra nós, a que mais importa é a ponte entre Foz do Iguaçu e Presidente Franco, com a consequente Perimetral Leste, que liberará o tráfego pesado das ruas centrais.
A outra ponte é entre Porto Murtinho (MS) e Carmelo Peralta.
A má notícia: segundo a revista Época, Grace Mendonça assinaria o parecer nesta sexta-feira, 14. Mas, no site da Advocacia Geral da União, não há nada nesse sentido.
E, na verdade, precisa sair com urgência o tal parecer, porque por enquanto está mantido o encontro dos presidentes do Brasil, Michel Temer, e do Paraguai, Mario Abdo Benítez, para formalizar o investimento. O encontro, na usina de Itaipu, está previsto para a semana que vem, como informaram o próprio presidente paraguaio, o chanceler do Paraguai e a governadora Cida Borghetti.
O argumento
Segundo a revista Época adiantou, o principal argumento utilizado no parecer favorável que será assinado por Grace Mendonça é de que “Itaipu tem entre seus objetivos estratégicos melhorar a infraestrutura local, com o consequente desenvolvimento econômico, de renda e de qualidade de vida da população”.
As duas pontes estão orçadas em US$ 140 milhões. A ponte entre Foz e Presidente Franco, segundo o diretor-geral brasileiro, Marcos Stamm, deve custar cerca de US$ 80 milhões, sem incluir a ligação entre a Rodovia das Cataratas e a BR-277 (Perimetral Leste).
Segundo a Época, a partir da divulgação do parecer da Advocacia Geral da União, o presidente Michel Temer deverá anunciar a autorização para o começo das obras. E é isso, provavelmente, que será feito na usina de Itaipu.
Pelo que se sabe até agora, inclusive pela entrevista de Marcos Stamm à Rádio Cultura de Foz do Iguaçu, a ponte Foz-Presidente Franco será bancada pela margem brasileira de Itaipu e a ponte Porto Murtinho-Carmelo Franco ficará sob responsabilidade da parte paraguaia.