O chiquérrimo condomínio Paraná Country Club, onde tem casas que valem mais de R$ 10 milhões (cada uma), alegou falta de disponibilidade financeira para dar aumento aos 56 guardas que fazem a segurança.
E, ainda por cima, despediu dois deles, Sinthia Jara e Gustavo Rodas, que, como delegados sindicais, lideravam a reivindicação por reajuste salarial.
Agora, o Country enfrenta uma situação vexatória: os dois demitidos iniciaram uma greve de fome em protesto contra a demissão, perto do condomínio. O que inclui a crucificação, como é costume em protestos desse tipo, no Paraguai.
Os ex-seguranças denunciam que foram demitidos como forma de perseguição sindical e exigem sua reincorporação, conforme informa o jornal Vanguardia.
Os seguranças do condomínio são filiados ao Sindicato de Trabalhadores da Indústria, Construção Civil e Hidroeletríca de Alto Paraná.
Segundo o diretor do Conselho de Administração do Paraná Country Club, Fernando Airaldi, o aumento pedido pelos seguranças não é possívelpor falta de disponibilidade financeira.
Ele disse ao Vanguardia que o orçamento é definido no início do ano e que “a esta altura não temos dinheiro para aumentos salariais”.
Afirmou ainda que o Conselho de Administração reconhece o direito dos trabalhadores a se sindicalizarem, mas que o sindicato do qual fazem parte não é representativo dos guardas.
“O código de trabalho diz claramente que o sindicato que aglomere trabalhadores deve ser da categoria à qual pertencem”, disse.