Sengi Solar pretende chegar ao mercado latino-americano já em 2023

As negociações com os países vizinhos estão em andamento e o Grupo também já deu entrada no processo de Certificação Internacional.

Fábrica da Sengi inaugurada em Cascavel. Foto: divulgação

Inaugurada na sexta-feira (21), em Cascavel (PR), a nova fábrica de painéis fotovoltaicos solares da Sengi já é a maior e a mais moderna do Brasil.

Após aproximadamente um ano de obras e um investimento de R$ 220 milhões, a linha de montagem já está funcionando em um turno.

Geração – Segundo o gerente de P&D e Engenharia de Produto na Sengi Solar, Murilo Bonetto, a partir de 2023, a produção seguirá em três turnos, com capacidade colocar no mercado, diariamente, 3.600 módulos fotovoltaicos, que, como referência, poderão abastecer 900 residências, com uma geração mensal média de 265 kW, que é o consumo aproximado de uma família com quatro pessoas. Esse mesmo imóvel terá uma autonomia que poderá garantir o abastecimento energético sustentável por até 25 anos.

“Em um ano a planta pode garantir energia solar para mais de 220 mil residências, o que corresponderia a 1 milhão de pessoas”, calculou Bonetto.

Mercado em expansão – A energia solar ocupa atualmente o terceiro lugar na geração de eletricidade no país, com 20 GW ao ano. Na frente aparecem, em primeiro lugar, a energia hidrelétrica (109 GW) e, em segundo, a eólica (22,7 GW).

“O Brasil é emergente em geração fotovoltaica e a demanda no setor aumentou muito nos últimos cinco anos. É um mercado que vem crescendo e que oferece muitos desafios”, disse o gerente de P&D e Engenharia de Produto.

– Polo Nacional Fotovoltaico – Bonetto explicou que para atender a demanda a Sengi importa material de outros países, inclusive da China, que fornece cerca de 90% da matéria-prima usada pelo setor em todo o mundo.

Para aumentar a produção e incentivar o desenvolvimento da indústria nacional, principalmente como fornecedora dessa matéria prima, estamos investindo em projetos de P&D de tecnologias para o desenvolvimento de células 100% nacionais”, informou.

O gerente de P&D e Engenharia de Produto, também disse que organizando as cadeias produtivas nacionais, investindo em pesquisa e na produção de matéria-prima nacional, o custo do investimento, no caso do cliente final, pode cair consideravelmente.

Hoje o custo da instalação de um sistema com tecnologia nacional igual ao nosso é 20% maior se comparado ao material similar, do exterior, que tem incentivos para importação. Considerando os nossos canais de distribuição e o crescimento da indústria nacional de matéria-prima, o custo final poderá ser reduzido em até 15% em no máximo dois anos”, calculou Bonetto.

Mercosul – Além da indústria inaugurada na sexta-feira (21) em Cascavel, a Sengi pretende ampliar a produção a partir do ano que vem, com a inauguração de mais uma fábrica, em Ipojuca (PE). Com as duas estruturas, o Grupo irá gerar 1 GW de energia ao ano.

A proposta é atender o Brasil e, a partir do segundo semestre do ano que vem, abastecer também os países latino-americanos, onde há um amplo mercado para a indústria de painéis fotovoltaicos e para o uso da energia sustentável”, falou.

Para garantir tecnologia e qualidade também ao mercado externo, a Sengi já deu entrada nos pedidos de Certificação Internacional.

Fonte: DW Assessoria

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