Sua indiferença era a matéria-prima que seu estado de ânimo necessitava ante um quadro onde a mesmice se repetia, monotonamente, e a ausência de uma memória histórica seguramente contribuía para a repetição de situações que estão mais voltadas para algum tipo de uma peça teatral lamentavelmente mambembe.
Esgotara-se em sua capacidade de compactuar com a mediocridade, reconhecendo, porém, que dela participou em muitas oportunidades, até por uma questão de comodismo.
E na busca para tentar sair daquela sensação de desconforto, opção outra não havia que não fosse pela reflexão.
Lamentavelmente, desta veio a certeza de que nada mais inerente a muitos do que a insensatez, especialmente quando acompanhada de uma alta dose de dissimulação.
Enquanto isto, na movimentação das ruas, uma situação paradoxal, de um lado alguém clamando por algum tipo de ajuda, pois desesperadamente só e não tendo com quem contar, de outro, um grupo de pessoas com bandeirolas e banners divulgando propostas de alguém, com boas intenções, lógico, cujo objetivo, a princípio, é o de transformar a vida não em uma odisseia, mas sim em uma perene viagem pelo mundo da fantasia.
E assim caminha a humanidade…
Carlos Roberto de Oliveira é empresário do ramo de logística em Foz do Iguaçu