Será que Itaipu aguenta? Mineradora furtava R$ 1,3 milhão/mês de energia em Salto del Guairá

Abundante produção da usina tornou o Paraguai um paraíso para as mineradoras de criptomoedas

Mineradora flagrada furtando energia pela ANDE. Foto: Agência IP

A Administração Nacional de Eletricidade (ANDE) detectou uma nova fazenda clandestina de mineração de criptografia com conexão direta à Média Tensão na cidade de Saltos del Guairá, departamento de Canindeyú. A instalação contava com 833 processadores de criptoativos.

De acordo com a análise efectuada pela ANDE, os danos materiais mensais gerados por esta quinta clandestina foram de cerca de G. 1.922 milhões, ou o equivalente a cerca de R$ 1,3 milhão/mês, que além dos custos decorrentes da intervenção e da aplicação da multa, deverão ser pagos pelos responsáveis.

Na operação realizada na terça-feira (09) pela a ANDE, Ministério Público e a Polícia Nacional, foi constada uma ligação direta ((gato, no popular do Brasil) de Média Tensão de 4 transformadores, um deles de 1.000 kVA e o outros três de 2.000 kVA (sem placa), o que equivale a uma potência total instalada de 7.000 kVA.

Paraíso da energia barata
É preciso ressaltar que, graças à produção da usina de Itaipu, principalmente, o Paraguai tem uma abundante oferta de energia, por um preço bem mais barato do que o do Brasil. Assim, o país se tornou um paraíso para as mineradoras de criptomoedas, que exigem uma quantidade enorme quantidade energia para refrigerar as máquinas que garimpam essas moedas virtuais.

Apesar do preço barato, essas mineradoras preferem furtar energia do que pagar, provavelmente, por causa da falta de fiscalização, quando não, por intermédio de propina, segundo a imprensa do país vizinho.

Com informações da Agência IP

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