O setor de serviços é o que mais irá sofrer com a reforma tributária, pois deverá quase dobrar o que é cobrado pelo sistema atual, segundo matéria do economista Célio Yano, publicado pelo jornal Gazeta do Povo, na última segunda-feira, no jornal Gazeta do Povo.
Segundo Yano, profissionais liberais como advogados, engenheiros e contadores que atuam como pessoa jurídica pagam, no regime de lucro presumido, 8% de IRPJ mais 2,88% de CSLL. Com mais 3% de PIS e 0,65% de Cofins, a tributação fica, na maior parte dos casos, em 14,53%.
Com a mudança no sistema de impostos, a estimativa do governo federal é de que a alíquota dos novos Imposto sobre Bens e Serviços (IBS) e Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS), que substituirá PIS, Cofins, ICMS e ISS, fique em 26,5%.
Resumo da ópera: “Não existe tributação que não seja colocada de forma indireta ou direta no preço final. Vai acabar sendo repassado para o consumidor”, afirma o tributarista Eduardo Natal, presidente do Comitê de Transação Tributária da Associação Brasileira da Advocacia Tributária (ABAT).
Diante disso, a situação em Foz do Iguaçu deverá ser ainda pior, pois a população já vem arcando com um aumento estratosférico do Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISSQN) promovido pelos prefeitos Sâmis da Silva, Paulo Mac Donald Ghisi, Reni Pereira e Chico Brasileiro, segundo levantamento do professor Carlos Kossar, matemático e estatístico, feito a pedido do Não Viu?.
Segundo os dados, os prefeitos de Foz do Iguaçu, neste século, impuseram os seguintes aumentos do ISSQN:
- Na administração do prefeito Sâmis da Silva, de 2001 a 2004, o aumento foi de 35%
- Na administração do prefeito Paulo Mac Donaldo, de 2005 a 2012, o aumento foi de 19%
- Na administração do prefeito Reni Pereira, de 2013 a 2016, o aumento foi 12%
- Na administração do prefeito Chico Brasileiro, o aumento foi de 46,77% de 2017 até 2022
- Total: aumento 198% em 22 anos
Pior: mesmo com esses aumentos desmedidos, Foz do Iguaçu está em 32º lugar no importante ranking Emprego e Renda.
Segundo outro levantamento, também feito por Kossar, com base nos dados do Ipardes (Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social), Foz perde feio (muito feio) para cidades semelhantes, que também aumentaram ou diminuíram esse imposto, mas se classificaram bem melhor nesse ranking :
- Toledo (7º lugar)
- Maringá (8º lugar)
- Cascavel (10º lugar)
- Ponta Grossa (20º lugar)
Conforme mostra o gráfico abaixo.