Texto e fotos: Cris Loose, especial para o Não Viu?
A música é uma forma poderosa de expressão artística e emocional e muita gente sente saudade de ouvir e de dançar músicas de outros tempos. Também é verdade que muitas pessoas, inclusive as mais velhas, gostam de se reunir para dançar, já que a dança é uma forma de expressão artística e social que pode ser apreciada em qualquer idade e representa também uma série de benefícios físicos e mentais. E foi mais ou menos em busca disso que uma galera se reuniu na 15ª edição do Flash Back Cataratas – Recordar é Viver.
De acordo com o organizador da festa, o DJ Pipa, na “vibe” de socializar, mexer o corpo, encontrar amigos, aprender novos passos e se sentir bem, cerca de setecentas pessoas agitaram a festa, no sábado (8), no Country Clube.
“Já reunimos mais de 1.200 pessoas em outras edições e sempre nesse clima legal. Por aqui já passaram o DJ Marquinhos Espinosa, de Campo Grande (MS), DJ Celso e o DJ Guto Loureiro, de Santa Catarina, DJs do Paraguai e inúmeros DJs de Foz”, disse ele, lembrando que durante a pandemia, a festa também foi suspensa.
Dessa vez o DJ Pipa convidou o DJ Bacana, que é “prata da casa”, e o DJ Fábio San, de São Paulo. Para conhecer mais sobre o trabalho de Fábio, acesse instagram.com/djfabiosan ou procure pelo canal dele, o youtube.com/djfabiosanoficial.
O DJ Bacana (instagram.com/bacana332), que é de Foz, atua há 37 anos na área e já foi residente em diversas casas noturnas como a Tass, onde fez muita gente dançar entre 1994 e 1996. Bacana também já tocou em Assunção e hoje, eventualmente, agita a clientela do Capitão Bar, aos fins de semana.
As estrelas da noite – Tudo bem que sem os DJs não haveria festa, mas as estrelas da noite estavam mesmo era na pista onde foi montada uma iluminação especial, inclusive com o tradicional “globo espelhado” no alto e bem no centro do salão.
Salão que foi tomado pelo pessoal que chegou em grupos, com camisetas iguais, em duplas, sozinhos, de tênis, bermuda, com uma roupa mais social, com maquiagem ou sem, cabelo feito ou apenas um rabo de cavalo, perfume da hora… A cada batida, era mais uma pessoa seguindo ou tentando seguir a velha coreografia – jamais fora de moda – conhecida como “passinho”.
Quem não sabia (assim como eu) tentou e contou com a ajuda de quem manda bem. Quem preferiu outros passos, dançou à vontade e como quis, na pista ou ao lado das mesas.
Mas o mais curioso é que a alegria contagiante, os sorrisos trocados com pessoas que nunca se viram antes, mas que estavam ali para dançar e ouvir música boa e se divertir, me fizeram lembrar de uma época em que todas as tribos eram bem-vindas à pista de dança. Lembrei também que no final da noite quem ainda estava animado se juntava para cantar “boate azul” ou outra “saideira” qualquer! No caso do Country, a “saideira” foi outra e a festa acabou às 5h30.
PS – Sei que gosto musical é algo muito pessoal, mas o som dos 70, 80, 90 e cia, mexem não só com nosso corpo. Mexem com nossas melhores lembranças. É como se a música transcendesse as barreiras do tempo.