Em matéria que publicamos nesta quinta, 26, comparamos os juros cobrados no Brasil em relação aos vizinhos Paraguai e Argentina e dissemos que no Brasil a taxa varia de 200% a mais de 300%. Correção: bem mais de 200% a mínima e bem mais de 300% a máxima. E subindo que nem foguete.
A Agência Brasil distribuiu matéria agora há pouco, informando que os juros do cheque especial subiram em março, segundo dados do Banco Central (BC), divulgados hoje (26), em Brasília. A taxa chegou a 324,7% ao ano, com aumento de 0,6 ponto percentual em relação a fevereiro. No ano, a elevação é de 1,7 ponto percentual.
Isso no cheque especial. O juro do cartão de crédito, pra quem paga pelo menos o valor mínimo da fatura em dia, também subiu em março, para 243,5% ao ano em março. Pagando em dia, hein?
Porque se não pagar ou atrasar o pagamento mínimo da fatura, o juro explode para 397,6%. Isso que houve uma queda, em março, de 2 pontos percentuais.
Com isso, a taxa média da modalidade de crédito ficou em 334,5% ao ano, com aumento de 2,1 pontos percentuais em relação a fevereiro.
Isto é, se o cidadão deve R$ 100 e não paga, dentro de um ano esta dívida será de R$ 434,50. Ou R$ 497,60 no caso da fatura do cartão de crédito. Impagável! (no sentido de que não se pode pagar, não no de humor).
Vale lembrar que na Argentina o cidadão paga 40% ao ano de juros (e já é uma taxa alta) e no Paraguai uns 10%. Dá vontade de mudar de país.