A Polícia Nacional do Paraguai suspeita do envolvimento dos próprios funcionários da empresa Guardián S.A. no assalto a um carro-forte, na manhã desta segunda-feira, em Hernandarias, informa o jornal Última Hora.
Seis pessoas estão sendo ouvidas: o motorista do carro-forte e mais cinco acompanhantes.
A suspeita surgiu porque não foi solicitado o acompanhamento da polícia durante a viagem do carro-forte, como é o procedimento padrão. Um deles justificou dizendo que isso deve ser feito pela chefia.
Esse mesmo funcionário contou que o assalto foi tipo comando.
Disparos
Os assaltantes, encapuzados, interceptaram o carro-forte com um automóvel, desceram de duas caminhonetes. Depois de fazer alguns disparos, renderam os quatro guardas que iam no carro-forte e outros dois que faziam escolta numa caminhonete, fugindo com as malas de dinheiro e as armas dos guardas.
Alguns deles tinham sotaque brasileiro e outros eram paraguaios, segundo o testemunho do funcionário da Guardián.
Carro brasileiro
No local do assalto foram encontrados “miguelitos”, para furar pneus de carros que entrassem em perseguição aos fugitivos, e projéteis intactos.
Depois de fazer o assalto, os bandidos incendiaram o carro que usaram para interceptar o carro-forte e fugiram em duas caminhonetes, uma das quais foi abandonada a 10 quilômetros da Supercarretera que liga Hernandarias a Salto del Guairá, próximo a um acesso onde está a balsa que cruza a Caaguazú.
O detalhe é que o carro que os bandidos usaram para interceptar o carro-forte e depois queimaram é um Citroën 2013, com placas brasileiras FNH 8578, de São Paulo.