Há uma semana no cargo de diretor-geral brasileiro da usina de Itaipu, o advogado Marcos Stamm já tranquilizou seus pares paraguaios, com uma gestão serena e equilibrada.
Para os inúmeros parceiros da usina em programas e ações, sinalizou que haverá novos investimentos e que a prioridade de Itaipu – sustentabilidade na geração de energia – continuará pautando a política institucional de também contribuir para o desenvolvimento sustentável do Oeste do Paraná.
Na primeira coletiva como diretor-geral brasileiro, para mais de 50 jornalistas – a maior parte de relevância nacional -, na última quarta-feira, 18, Stamm mostrou que tem grande domínio sobre qualquer assunto referente à binacional, embora esteja apenas há um pouco mais de ano na empresa (antes de ocupar o novo cargo, que assumiu na sexta-feira, 13 de abril, ele era diretor financeiro executivo).
Na coletiva, Stamm assegurou que vai manter e ampliar os recursos investidos na região Oeste e dar seguimento aos importantes projetos que dão sustentabilidade ao negócio da empresa, que é a geração de energia.
“Não basta só produzir energia, é preciso gerar eletricidade com eficiência para promover o desenvolvimento do Brasil e do Paraguai, sócio do empreendimento”, disse.
E complementou: “Eu, como diretor de Itaipu, tenho a responsabilidade inerente ao meu cargo de cumprir o que é o melhor para a empresa. Mas eu também sei da responsabilidade de Itaipu com a região. Então, vamos buscar a compatibilização de todos esses objetivos”, disse, citando a recente ampliação da atuação da empresa, dos 29 municípios da Bacia do Paraná 3 (BP3) para 54 municípios da região Oeste do Paraná, além de Altônia (Noroeste) e Mundo Novo (MS).
Dívida
Sobre a quitação da dívida de Itaipu, que acaba em 2023, com a revisão do Anexo C do Tratado de Itaipu, Stamm ressaltou que a empresa vem mantendo um grupo de estudos para tratar do tema. Com o fim da dívida, se for mantida a atual base tarifária, cada margem da usina terá US$ 1 bilhão por ano a mais, dinheiro que atualmente vai para o pagamento dos débitos assumidos na época da construção.
O novo diretor-geral assegurou que o projeto de atualização tecnológica da usina terá prioridade. “Trata-se de um esforço fundamental para a sustentabilidade da geração nas próximas décadas, em patamares parecidos aos de hoje, com recordes de produção de energia elétrica.”
O investimento previsto é de US$ 500 milhões, com conclusão estimada em dez anos. “Estudamos alternativas não só para melhorar as nossas instalações, por meio da atualização tecnológica, mas também para alcançar melhores marcas de produção de energia.” Itaipu detém o recorde mundial de geração de energia com a marca de 103,1 milhões de megawatts-hora (MWh) obtida em 2016.
Troca e manutenção de assessores
O diretor-geral brasileiro trouxe para a nova pasta os assessores que o acompanhavam na Diretoria Financeira. Para o gabinete do novo DGB, foram os assessores especiais Jorge Augusto Callado, Tércio Albuquerque, Lourival Prehs e Marcos Ton Ramos.
Com a saída do engenheiro eletricista Luiz Fernando Leone Vianna, foram exonerados: Alexandre Teixeira, Márcio Villela e Ricardo Lisboa. Nestes casos, é normal o desligamento, já que se trata de pessoas transitórias no cargo.