Startup do Paraná cria kit para detectar câncer de mama por amostra de sangue

O dispositivo é capaz de detectar tumores de forma mais rápida, pouco invasiva e com baixo custo

A bióloga curitibana, aluna de doutorado da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Maria Luiza Ferreira dos Santos é uma das criadoras do kit. Foto: Raphaella Piovezan/SEI-PR

Aprovada no primeiro edital do programa Paraná Anjo Inovador, do Governo do Paraná, a startup curitibana Hyla Biotech trabalha no desenvolvimento de um dispositivo capaz de detectar o câncer de mama de forma mais rápida, pouco invasiva e com baixo custo.

O produto consiste em um kit de diagnóstico por meio de um biossensor que identifica a presença ou ausência de um tumor em até 30 minutos, sendo necessário apenas uma amostra do sangue do paciente.

A ideia é de que ele seja utilizado ainda na fase de rastreio e triagem da doença, nos primeiros atendimentos em hospitais e unidades básicas, e que após a confirmação do câncer a paciente seja encaminhada a fazer exames mais aprofundados e inicie o tratamento.

A ideia surgiu em 2019, quando a bióloga curitibana, aluna de doutorado da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Maria Luiza Ferreira dos Santos, e seu orientador, Leonardo Foti, começaram a investigar por que, mesmo com tantas pesquisas e terapias avançadas em relação ao câncer de mama, muitas mulheres ainda morrem da doença.

Situação atual
A Hyla Biotech conseguiu finalizar a submissão do projeto no Comitê de Ética do Instituto Fernandes Figueira (IFF), que irá fornecer amostras de sangue de pacientes submetidas a rastreamento de câncer de mama por mamografia para a realização dos testes.

A expectativa é que o projeto seja aprovado até dezembro e que as amostras comecem a ser enviadas ao laboratório no início de 2025

Maria Luiza conta que a startup também conseguiu realizar uma parceria com o Hospital Nossa Senhora da Conceição (GHC), o maior complexo hospitalar público do sul do Brasil, localizado no Rio Grande do Sul.

“Essa colaboração vai nos permitir validar o teste em pacientes reais, ainda que para uso restrito de pesquisa, e também vamos poder avaliar o custo-efetividade e microcusteio, que são essenciais para demonstrar a viabilidade econômica do nosso produto no mercado”, explica.

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