A Itaipu Binacional informa que o primeiro filhote de harpia nascido no Refúgio Biológico Bela Vista completou 10 anos de vida, no último dia 15 deste mês. Para explicar o feito, o biólogo Marcos de Oliveira, um dos responsáveis pela área, estará disponível para atender a imprensa nesta terça-feira (22), a partir das 9h, no Refúgio Biológico (RBV).
Mas, a essa altura, o leitor do Não Viu? deve estar se perguntando: o que o governador Ratinho Jr. tem a ver com isso?
Simples: a espécie está em extinção e o governador escolheu como marca de sua gestão o brasão do Paraná, que, por sua vez, inclui a imagem de uma harpia.
Ou seja: se não houvesse ações como essa da Itaipu, é bem capaz dessa ave se tornar, apenas, um desenho para ilustrar a desastrosa ação do homem contra o meio ambiente, no Paraná e no Brasil.
O governador Ratinho Junior destacou que a nova marca traduz o conceito da nova gestão que se inicia no Paraná. “A nossa gestão será marcada pelo respeito ao bom uso do dinheiro público e ao cumprimento dos ordenamentos legais. A escolha do brasão atendeu a esses preceitos e também porque representa todo potencial do Paraná”.
É verdade, mas, se as harpias forem extintas, o brasão vai mostrar falta de “respeito” com a natureza. É fato, ou não, leitoras e leitores?
Quando nasceu, em 15 de janeiro de 2009, a harpia foi o primeiro caso bem-sucedido de reprodução da espécie em cativeiro no Sul do País. De lá pra cá, nasceram outras 31 aves – o último nascimento foi há menos de uma semana, no dia 13 de janeiro de 2019. No total, o plantel de Itaipu é formado por 34 harpias, sendo 24 filhotes nascidos no local. Muitas aves foram doadas para várias instituições parceiras.