Tá tudo tão chato
*Carlos Roberto de Oliveira
Com a vida transcorrendo exasperadamente monótona, pois tudo está se tornando repetitivo, e para pior, pois as sugestões de mudanças claramente se mostram vazias, agravando-se com a constatação de que a irreverência não só está sendo banalizada como utilizada, grosseiramente, por farsantes cujas intenções, mesquinhas, se prestam a ludibriar ou continuar ludibriando a quem, como dizia Raul Seixas… “Quem vai chorar, Quem vai sorrir”.
Acossado por uma inquietação que há muito tempo o incomodava, deixando-o em um estado de apatia e beirando a irresponsabilidade, reagiu a tempo de, em conjunto com sua consciência e pela sobrevivência, desconsiderar proposições assistencialistas inócuas por ações onde o que menos importava era a retórica.
Frustrante, porém, é a explosão da eloquência hipócrita de quem, comprometido tão somente com a desconstrução de valores, e cujas consequências tem criado espaços cada vez maiores para a alienação e o fundamentalismo, deixa em seu rastro uma sensação de terra arrasada.
A carência de racionalidade nas discussões do dia a dia, onde há respostas para tudo, mas não soluções, tem provocado a geração de verdadeiros desertos de ideias cujos oásis, poucos, não conseguem combater a aridez de mentes cujo compromisso é, unicamente, com o caos.
E dá-lhe a gasolina subiu, a carne sumiu, a bomba explodiu, mas por onde andará Mariazinha, meu primeiro amor onde andará?
Carlos Roberto de Oliveira é empresário do ramo de logística em Foz do Iguaçu