Tacumbú: operação transfere um dos mais perigosos criminosos do Paraguai

O presidente Santiago Peña, destacou a bravura dos órgãos de segurança que realizaram a operação histórica para acabar com os privilégios, a cumplicidade e o descontrole

Armando Javier Rotela, líder do “Clã Rotela” é considerado um dos criminosos paraguaios mais perigosos da atualidade. Foto: Agência IP/ cortesia

O governo do Paraguai informa que,, minutos antes das 05:00 desta segunda-feira, foi lançada a maior incursão policial-militar dos últimos tempos para conseguir a recuperação integral do controle institucional da maior e principal penitenciária do país, Tacumbú.

Para isso, a operação contou com a participação de 1.500 policiais e 1.000 militares.

Numa mensagem dirigida à população do Paraguai, o presidente Santiago Peña, destacou a bravura dos órgãos de segurança que realizaram a operação histórica para acabar com os privilégios, a cumplicidade e o descontrole dentro da penitenciária.

O principal objetivo da operação era transferir cerca de 700 presos, incluindo Armando Javier Rotela, líder do clã familiar que controla a penitenciária.

Após sete anos assumindo o controle de Tacumbú, Rotela foi transferido para outra prisão, onde se supõe que haja maior segurança. O objetivo é mantê-lo isolado para desativar sua rede de tráfico de drogas e seu braço armado.

Ainda segundo o governo paraguaio, agora as metas são as seguintes:

  1. Fim dos privilégios e abusos de poder das quadrilhas criminosas que afetam o funcionamento do presídio de Tacumbú.
  2. Melhor distribuição das pessoas privadas de liberdade para garantir maior qualidade no processo de custódia dos presos e sua reinserção na sociedade.
  3. Recuperação integral da presença do Estado na gestão administrativa, institucionalidade e segurança do território do Presídio de Tacumbú.
  4. Interceptação, controle e eliminação do sistema de gestão de Tacumbú da distribuição de entorpecentes que envenena cerca de 90 mil jovens em Assunção e Central.
  5. Melhoria das condições de direitos humanos das pessoas privadas de liberdade, entre outras medidas com a desconcentração de pessoas e o combate à superlotação.
  6. Melhoria na relação entre pessoas privadas de liberdade e seus respectivos processos judiciais.

Ferido e falecido
Em relação aos feridos, a informação é de que, até o momento, são 14 funcionários e dois internos que foram atendidos no total.

Os dois internos foram estabilizados e encaminhados ao Hospital de Trauma e dois policiais ainda estão na sala de cirurgia.

Na operação, o jovem policial Martín Mendoza, pertencente ao Grupo Lince, foi vítima fatal. Face ao ocorrido, o Ministério do Interior emitiu um comunicado expressando as suas mais profundas condolências pelo ocorrido.

Com informações da Agência IP e jornal “Ultimahora”

 

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