Algumas ruas do centro comercial de Ciudad del Este “estão liberadas” pela polícia para roubos e fraudes contra os turistas, afirmou o taxista Santiago Segovia ao jornal Diário Vanguardia.
“Há assaltantes e vigaristas que atuam com a cumplicidade dos donos de comércios”, disse ainda o taxista, que atua há mais de 26 anos no centro comercial.
Outro taxista, Valerio Martínez, disse que foi criada uma associação ilícita para cometer crimes. Ele também acusa alguns lojistas de cumplicidade.
E vai além: “Posso dizer que a Polícia Turística é cúmplice, e posso dizer que a fiscalização é cúmplice também, porque não vemos nenhuma ação”.
O presidente da Cooperativa de Trabalhadores da Via Pública, Nery Chávez, disse que os “piranhas”, como são chamados os guias que levam compristas às lojas, “muitas vezes atuam com a cumplicidade da Polícia de Turismo”.
Cerca de 300 pessoas trabalham nesta atividade de fazer propaganda e levar compradores a lojas de Ciudad del Este. Eles recebem comissão para isso. Quem contrata são os pequenos comerciantes.
Autoridades e representantes de empresários querem que esta atividade seja extinta, enquanto os representantes desses trabalhadores dizem que estão sendo vítimas de uma tentativa de criminalizar a atividade.
Mas a própria prefeita Sandra Zacarias afirmou recentemente que os mesmos trabalhadores que recorrem pedindo apoio para criar uma associação são os mesmos que “logo são detidos por assaltos”.
Além dos turistas, também são vítimas de assaltos os cambistas.
O jornal Vanguaria diz que, “coincidentemente”, embora a polícia fiscalize a zona de comércio, “nunca está por lá quando se perpetram os assaltos”.