Dario Messer, o “doleiro dos doleiros”, até agora foragido da Justiça do Brasil e do Paraguai, continua sabe-se lá onde. Mas não é só este o mistério em torno dele.
No último dia 14, informa o jornal paraguaio “Ahora”, um trabalhador rural de nacionalidade brasileira foi morto numa das propriedades vinculadas ao doleiro, a Agro Fortuna S.A., que se suspeita tenha sido utilizada para a especialidade de Messer: lavagem de dinheiro.
Segundo o jornal, o informe da Polícia Nacional paraguaia sobre o caso deixa muitas interrogações. O trabalhador, Antonio Missau Tambauva, foi morto a tiros, mas os responsáveis pela propriedade quiseram dizer que foi um acidente de trabalho.
O homicídio foi informado à delegacia da colônia Fortuna por Oscar Ramirez, funcionário da Polícia Nacional, que não explicou o que fazia na propriedade privada nem por que os donos não comunicaram o caso à polícia.
Os responsáveis pela fazenda, Carlos Javier Cuttier Fonseca e Gilmar Núñez Pereira, ao se apresentarem à polícia, disseram que “provavelmente o cuidador da plantação de milho sofreu um acidente de trabalho”, quando na verdade recebeu um tio de escopeta.
Agro Fortuna S.A. é a primeira das várias empresas que aparecem vinculadas a Newton Maran Salvatti, que seria o diretor-presidente e sócio da Dario Messer, conforme citação do jornal ABC Color reproduzida pelo Ahora. A empresa se dedica à exploração de atividades agrícolas, fruticultura e criação de gado.
O ABC Color informou que a empresa foi criada na década de 1990 e tinha um capital inicial de 50 milhões de guaranis (cerca de R$ 35 mil). Na última década, teve um crescimento exponencial, até chegar ao capital de 11 bilhões 260 milhões de guaranis (aproximadamente R$ 7,7 milhões).