Tratado que permitiu a construção de Itaipu completa 48 anos

O desenho jurídico encontrado, inédito no mundo, tornou-se referência internacional para a elaboração de tratados

Presidentes do Paraguai e do Brasil assinam Tratado de Itaipu, em 1973. Foto: Arquivo Itaipu.

Há 48 anos, no dia 26 de abril de 1973, os então presidentes do Brasil, Emílio Garrastazu Médici, e do Paraguai, Alfredo Stroessner, reuniram-se em Brasília para assinar o Tratado de Itaipu.

O documento consolida uma série de estudos técnicos e entendimentos diplomáticos para o aproveitamento hidroelétrico do Rio Paraná, no trecho entre Guaíra e Foz do Iguaçu, e permitiu a construção daquela que seria a maior geradora de energia limpa e renovável do planeta: a usina de Itaipu.

Composto por 25 artigos e três anexos, o tratado estabeleceu que a energia produzida pela futura usina seria dividida em partes iguais por Brasil e Paraguai.

O desenho jurídico encontrado, inédito no mundo, tornou-se referência internacional para a elaboração de tratados.

Também é resultado do tratado a constituição da empresa Itaipu Binacional, criada em 17 de maio de 1974 para gerir a construção da usina. A obra começou em janeiro do ano seguinte, transformando definitivamente a região. No auge, a construção chegou a mobilizar 40 mil trabalhadores – mais que o dobro da população de Foz do Iguaçu na época.

Daqui a dois anos, em 2023, quando o tratado completar 50 anos, está prevista a revisão do Anexo C, que estabelece as bases financeiras e de prestação de serviços de eletricidade de Itaipu.

A negociação entre brasileiros e paraguaios ocorrerá no mesmo ano que a empresa quitará todas as dívidas contraídas para a construção da usina.

Com informações do JIE

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