Um ano à frente da Itaipu, Verri diz que a tarifa da usina é cara e não baixou o quanto deveria

A bem da verdade, depois que a dívida da Itaipu foi paga, o valor da tarifa deveria ser de US$ 10,77 por kW e não os atuais US$ 16,71 por kW,

Enio Verri, diretor-geral brasileiro da Itaipu Binacional Foto: Rafa Kondlatsch/Itaipu Binacional

Nesta semana, o economista Enio Verri completa um ano na Diretoria Geral Brasileira da Itaipu Binacional. Nomeado em edição extra do “Diário Oficial da União” de 10 de março de 2023, ele teve que renunciar ao cargo de deputado federal pelo Paraná para ser devidamente empossado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva no dia 16, quando passou a responder pela empresa.

Em entrevista exclusiva ao Ponto de Vista, na manhã de sábado (16), Verri disse que “a energia elétrica no Brasil ainda é cara. A população que paga sente isso. A expectativa que tínhamos e que o presidente Lula ainda tem: no último dia de fevereiro do ano passado, encerrou-se a dívida de Itaipu. Portanto, se não tem a dívida, a tarifa pode baixar”.

A bem da verdade, depois que a dívida da Itaipu foi paga, o valor da tarifa deveria ser de US$ 10,77 por kW e não os atuais US$ 16,71 por kW, conforme dados do Comitê de Estudos para Avaliação do Custo Unitário de Eletricidade de Serviços da Itaipu (Cecuse) – veja matéria AQUI.

Segundo o Ponto de Vista, o desafio para o Brasil, no momento, é equilibrar as negociações sobre o valor da compra da energia paraguaia: enquanto o Brasil quer pagar o equivalente a US$ 14,77 por kW (o que já é caríssimo para o consumidor brasileiro), o Paraguai quer vender a US$ 22,60 por kW.

“Estão paradas as negociações, porque o Paraguai quer vender muito caro e nós queremos comprar muito barato”, disse Verri ao portal.

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