Um início inesperado de primavera
*Por Carlos Roberto de Oliveira
Manhã de primavera dando o ar de sua graça em seu primeiro dia e lá estava Seu Zeca, um senhor que não se importava com o tempo e, sim, com a vida, a caminhar pelas avenidas arborizadas de uma Foz do Iguaçu verde e arejada.
Normalmente tranquilo e de bem com a vida, Seu Zeca procurava absorver toda aquela emergia positiva que era emanada de uma natureza pródiga e bela.
De repente, ao lembrar-se de uma pessoa cujo relacionamento de amizade não era muito afinado, em função de seu constante mau humor, e como que uma premonição, pressentiu que algo não agradável naquele iria ocorrer.
Aquela sensação o intrigou, mas não querendo se incomodar e tampouco se estressar, deixou pra lá o pensamento negativo e, dando uma parada para um leve descanso, e igualmente se hidratar, sentou-se em um banco para tomar uma água de coco gelada que uma barraquinha oferecia.
E com gosto, calmamente bebeu aquele líquido reconfortante.
Tudo corria bem, até que, não querendo acreditar, notou que um material de uma tonalidade esbranquiçada atingiu sua cabeça e, quando se deu conta, ao olhar para cima, só deu tempo de ouvir o silvar de um passarinho que, se sentindo aliviado, bateu asas e voou.
Na falta de um lenço, um guardanapo resolveu a situação …
*Carlos Roberto de Oliveira é empresário do ramo de logística em Foz do Iguaçu