Um mesmo cliente, um mesmo banco, dois países: quanta diferença nos juros!

O Não Viu? publicou, recentemente, um comparativo sobre a cobrança de juros no Brasil e no Paraguai.

Pois, na foto ao lado, o registro que confirma: juro no Brasil é mais que extorsivo, é roubo.

Um mesmo banco, o Itaú, cobra de um cliente, no Brasil, juros de 9,82% ao mês ou 212,78% ao ano. Este cliente tem também conta no Itaú do Paraguai. E, lá, se atrasar a fatura, vai pagar o máximo de 13,29% ao ano. Um pouco mais do que pagaria aqui por um mês de atraso.

Existem muitas explicações para esta cobrança de juros tão elevada no Brasil.

Um economista brasileiro explicou que o que eleva os juros no Brasil são as regulamentações que atingem o setor bancário, obrigado a fazer reservas compulsórias e direcionar crédito. Além disso, a inadimplência é alta e os custos de operação são elevados, principalmente por causa das dimensões do Brasil e da necessidade de espalhar agências interior afora.

Eles reclamavam da taxa Selic, uma das mais altas do mundo. Hoje, está em 6,75% ao ano, a mais baixa taxa da história. Mesmo assim, nada se alterou no mundo dos juros bancários.

Ah, sim, os bancos alegam que o ambiente institucional também conta, e quanto a isso não dá pra negar que vivemos tempos de incerteza política e, por extensão, econômica.

Tem ainda outro detalhe: os bancos no Brasil não gostam de arriscar. Cobram caro pra ter mesmo menos clientes, porque assim operam com liquidez e capitalização elevadas.

Risco? Quase nenhum. E, por isso mesmo, é só ver o balanço anual dos bancos brasileiros: lucro lá nas alturas.

 

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