Um pedaço de Foz do Iguaçu que encara …

Por incrível que pareça, às vezes, na voz de um desses boêmios de outros tempos ainda se consegue ouvir um Nelson Gonçalves...

Foz do Iguaçu. Foto: PMFI/Divulgação

Um pedaço de Foz do Iguaçu que encara …

*Por Carlos Roberto de Oliveira

Há muito não se aventurava por espaços que não aqueles já consolidados, especialmente quando o objetivo era, no final de uma tarde início de noite, e devidamente hidratado durante o dia, o de curtir um outro tipo de líquido para fugir do lugar comum.

Iguaçuense empedernido, embora um tanto acomodado, se rendeu à auto proposição de promover uma caminhada qualquer com o intuito de redescobrir sua cidade e optou, inicialmente, em começar pela Avenida Jorge Schimmelpfeng, ali pelo M’Boicy e seguindo até a Igreja São João Batista.

À medida que avançava em sua andança por aquele logradouro e adjacências, mais aumentava sua surpresa com o que via pela metamorfose havida e em cuja transformação podia-se sentir a vitalidade de uma gente empreendedora onde a máxima do antes de cobrar resultados, primeiramente vinha o correr atrás.

E dentro deste espirito, surgiu um espaço temático, onde nativos e turistas convivem tendo como insumo a interação.
Sentindo-se incomodado, talvez pela indiferença ou cegueira preconceituosa, até então, e como que se retratando exclamou, enfim algo que complementa um vazio para uma cidade cujo perfil tem, na atividade turística, uma de suas principais fontes de rendas e geração de riquezas.

E daquelas construções bem projetadas e modernas eram emanados sons dos mais variados, da música ao vozerio, além de telões a mostrar algum evento esportivo cujo interesse proporcionava uma alegria não convencional.

Ato continuo, e se envolvendo na heterogeneidade de comportamento daquele universo, chamou-lhe a atenção uma espécie de economia paralela cujos agentes eram representados por cuidadores de carro (flanelinhas), floristas, artistas de rua e eventuais cantores anônimos.

Por incrível que pareça, às vezes, na voz de um desses boêmios de outros tempos ainda se consegue ouvir um Nelson Gonçalves…

*Carlos Roberto de Oliveira é empresário do ramo de logística em Foz do Iguaçu

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