Pesquisadores da UNILA e servidores do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) estão fazendo um mapeamento das residências de acumuladores de objetos e de animais em Foz do Iguaçu. A partir do levantamento, o grupo pretende traçar um perfil e propor um protocolo para o acompanhamento de casos suspeitos de Transtorno de Acumulação pelos órgãos públicos da cidade. Atualmente, poucas cidades contam com políticas públicas específicas para tratar a questão. Também participam do estudo docentes e acadêmicos da UFPR e da UEPG.
O coordenador local do projeto, professor Walfrido Kühl Svoboda, explica que o Transtorno de Acumulação é uma doença que vem aumentando nos últimos anos, atingindo populações de países desenvolvidos e em desenvolvimento.
“São pessoas que têm uma compulsão pela acumulação. O excesso de objetos dentro de casa ou no terreno pode virar abrigo para animais sinantrópicos, contribuindo para a proliferação de doenças como Dengue, Zika, Chikungunya e até mesmo a Febre Amarela. Também é frequente encontrarmos casos de acumulação de animais de estimação, trazendo mais riscos para o acumulador, para a comunidade que mora no seu entorno e para os próprios animais”, salientou o docente do curso de Saúde Coletiva da UNILA.